Terminada a rodada, nenhuma
modificação na tabela. Como disse, a batalha é psicológica, vai conseguir a
vaga quem persistir, não desistir, se obstinar. É a lei do mais forte física e
psicologicamente.
Gato escaldado já havia desistido de
ver jogos de adversários, tentar descobrir fragilidades nos esquemas inimigos.
Não resisti e dei uma olhada em Vitória e ASA de Arapiraca.
O rubro-negro baiano é um time aéreo,
voltado para servir suas torres gêmeas, William e Elton no comando do ataque.
Força pela esquerda com o lateral Gilson, Pedro Ken e o próprio Willian. Pedro
Ken serve de pivô para a ultrapassagem de Gilson. Aberta a possibilidade de
cruzamento, a bola é alçada na área. Pela direita o cruzamento parte do lateral
Nino Paraíba, sempre no ataque.
O jogo pelos lados do campo promove um
show aéreo, maximizado por inúmeros escanteios resultantes da ação individual
dos ponteiros.
A surpresa fica para os lançamentos
longos destinados a Marquinhos entrando na área. A defesa se preocupa com as
torres e Marquinhos se infiltra livre. Tem que cuidar.
O esforço aéreo não conseguiu chegar
às redes. Aos 12 do segundo, a torcida já começava a vaiar, Carpegiani fez duas
alterações. Entraram Artur Maia e Willie, nos lugares de Michel, volante, e
Marquinhos. Ken veio jogar mais atrás. Aos 18 o Vitória marcou. Bola para
Willian de pivô pelo meio, livrou-se do zagueiro e serviu Elton entrando pela
esquerda. O jogo terrestre foi mais eficiente.
Já nos descontos, a bola longa, aquela
para Marquinhos, foi endereçada a Willie que entrou livre e acabou a pelada.
O ASA jogou todo recuado e marcou
Pedro Ken individualmente. Teve duas boas chances em jogadas individuais pela
esquerda sobre o zagueiro Josué. Os laterais vão muito, deixam espaços pelos
lados. Michel, o volante pela direita, é o que mais avança, o setor fica
desprotegido. O zagueiro esquerdo Vitor Ramos foi vetado pelo DM, entra Gabriel
Paulista. A zaga perde eficiência.
O time aposta em três vulnerabilidades
do Atlético. O jogo pelo lado esquerdo, em que os avanços de Maranhão, Manoel e
Deivid deixam espaço tremendo, a bola aérea e a presença de dois atacantes,
vide América MG. É bom saber antes, usar antídotos para os venenos. Vamos Nhô
Drub!
O Furacão tem que aproveitar a subida
dos laterais, usar o papa-léguas Marcelo, ter no banco jogadores de velocidade.
Eu levaria Ricardinho e Edigar Junio.
No mais é segurar a pressão inicial,
bloquear os laterais, impor seu jogo de toque, jogar no ataque sem descuidar da
defesa, insistir, não desistir, se obstinar. O Vitória ganhou aqui. Com
paciência e contundência, damos o troco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário