quinta-feira, 18 de outubro de 2012

DAMOS O TROCO


Terminada a rodada, nenhuma modificação na tabela. Como disse, a batalha é psicológica, vai conseguir a vaga quem persistir, não desistir, se obstinar. É a lei do mais forte física e psicologicamente.

Gato escaldado já havia desistido de ver jogos de adversários, tentar descobrir fragilidades nos esquemas inimigos. Não resisti e dei uma olhada em Vitória e ASA de Arapiraca.

O rubro-negro baiano é um time aéreo, voltado para servir suas torres gêmeas, William e Elton no comando do ataque. Força pela esquerda com o lateral Gilson, Pedro Ken e o próprio Willian. Pedro Ken serve de pivô para a ultrapassagem de Gilson. Aberta a possibilidade de cruzamento, a bola é alçada na área. Pela direita o cruzamento parte do lateral Nino Paraíba, sempre no ataque.

O jogo pelos lados do campo promove um show aéreo, maximizado por inúmeros escanteios resultantes da ação individual dos ponteiros.

A surpresa fica para os lançamentos longos destinados a Marquinhos entrando na área. A defesa se preocupa com as torres e Marquinhos se infiltra livre. Tem que cuidar.

O esforço aéreo não conseguiu chegar às redes. Aos 12 do segundo, a torcida já começava a vaiar, Carpegiani fez duas alterações. Entraram Artur Maia e Willie, nos lugares de Michel, volante, e Marquinhos. Ken veio jogar mais atrás. Aos 18 o Vitória marcou. Bola para Willian de pivô pelo meio, livrou-se do zagueiro e serviu Elton entrando pela esquerda. O jogo terrestre foi mais eficiente.

Já nos descontos, a bola longa, aquela para Marquinhos, foi endereçada a Willie que entrou livre e acabou a pelada.

O ASA jogou todo recuado e marcou Pedro Ken individualmente. Teve duas boas chances em jogadas individuais pela esquerda sobre o zagueiro Josué. Os laterais vão muito, deixam espaços pelos lados. Michel, o volante pela direita, é o que mais avança, o setor fica desprotegido. O zagueiro esquerdo Vitor Ramos foi vetado pelo DM, entra Gabriel Paulista. A zaga perde eficiência.

O time aposta em três vulnerabilidades do Atlético. O jogo pelo lado esquerdo, em que os avanços de Maranhão, Manoel e Deivid deixam espaço tremendo, a bola aérea e a presença de dois atacantes, vide América MG. É bom saber antes, usar antídotos para os venenos. Vamos Nhô Drub!

O Furacão tem que aproveitar a subida dos laterais, usar o papa-léguas Marcelo, ter no banco jogadores de velocidade. Eu levaria Ricardinho e Edigar Junio.

No mais é segurar a pressão inicial, bloquear os laterais, impor seu jogo de toque, jogar no ataque sem descuidar da defesa, insistir, não desistir, se obstinar. O Vitória ganhou aqui. Com paciência e contundência, damos o troco.

 

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