terça-feira, 16 de outubro de 2012

HOLZMANN É UM LOBO


Paz no campo. Resolveu-se o problema da reforma agrária no Brasil? Colocaram o Stédile na cadeia, finalmente? Não irmãos, o Atlético que vive turbulências aflitivas na urbana Curitiba de lobos e raposas, em campo venceu com facilidade, deu-me uma tarde tranquila. Meu coração em pandarecos precisava.

O Rubro-negro tomou conta do jogo desde o primeiro minuto. Alugou meio campo, viveu no ataque, João Paulo e Baier conduziram as ações, os atacantes marcaram, a expulsão de Jefferson Maranhão aos 36 do 1º tempo facilitou.

O amigo quer saber a diferença entre Baier e Elias? É simples. Baier é mais vertical, joga na direção do gol, mesmo de costas enfia bolas com precisão para os atacantes. Elias é mais lateral, às vezes parece garçon de Botelho, quando de frente para o gol normalmente tenta o arremate. Elias é ótimo jogador, imprescindível, precisa ser mais vertical, mais assistente.

Vamos ao exemplo. Marcão vem buscar pela ponta esquerda, avança, toca a Henrique, Henrique a Baier, um toque a Marcão livre, o cruzamento perfeito, gol de Marcelo. Fácil não?

Vida mansa. Tudo vai bem. Maranhão no ataque, o Avaí contra-ataca pela esquerda, Manoel dá o bote, perde, lançamento no vazio, Saci sai para cobrir lá na direita, é driblado, cruzamento, gol do time azul. Inacreditável. Um ataque, um gol. Inacreditável. Foi-se a minha tranquilidade.

Quando Manoel vai entender que é zagueiro? O velho Abel Braga, zagueirão da melhor qualidade, avisa: só se dá o bote se for para ganhar, se não der, volta e espera, o atacante vai ter que passar por ali. Manoel avança, é lento no retorno, deixa um buraco atrás. Garante o resultado e depois vai brincar no ataque, como fez aos 40, dando belo passe a Ligüera.

Nhô Drub deve providenciar urgente a cobertura para a subida de Maranhão. Maranhão, Deivid e Manoel no campo de ataque, ao mesmo tempo, é suicídio.

Voltemos a Baier, a outro exemplo. Meleca feita, a bola chega ao velhinho no meio campo, um toque para João Paulo, o chute longo, golaço. Voltemos à rede, à vida mansa, à água de coco, como eu gosto de quem sabe jogar.

A vitória deve muito ao trabalho da dupla Mar-Mar. Marcelo fez o primeiro gol em passe de Marcão e retribuiu com três assistências para o atacante. A primeira para belo cabeceio bem defendido, a segunda na primeira trave, a finalização para fora, a terceira para o gol do artilheiro. A luta de Marcão merecia sucesso.

Nhô Drub tomou coragem, fez substituições ofensivas, manteve o Atlético no ataque e venceu. Está aprendendo. Acabado o jogo, suponho que incentivado pelo Holzmann, aparece Petraglia sorridente para fotos e imagens. Se minha suposição é correta, o prezado Holzmann é um lobo.  

 

 

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