sábado, 27 de outubro de 2012

POÇO DAS ALMAS


Em os Caçadores da Arca Perdida, o espectador descobre o horror que Indiana Jones tem de cobras ao vê-lo penetrar no poço das almas, onde milhares de peçonhentos ofídios se contorcem uns sobre os outros.

Para quem acompanha de perto a maratona em que o Atlético se empenha para dar a Curitiba a oportunidade de sediar uma Copa do Mundo, a comparação com o filme espetacular – criado por Lucas e dirigido por Spielberg – está longe do exagero. Curitiba é o moderno poço das almas.

Em meio à cidade atulhada de víboras prontas a impedir movimentos, expelir venenos contra os agentes do progresso, fugir aos serpenteios do cumprimento de compromissos publicamente assumidos, mentirosamente adotar postura moralizadora para criar entraves, segue o Rubro-negro lançando tochas, chicoteando as najas que se intrometem no caminho.

O atleticano e o curitibano devem ter consciência do momento. O Atlético é vítima de uma trama urdida em todos os escalões da sociedade nativa. Onde for necessária uma assinatura, haverá uma cascavel enrustida. Onde se necessitar um carimbo, uma coral sibilará em protesto.

Atacando em dois fronts completamente distintos, a obra estupenda e o retorno à primeira divisão, o Atlético está vulnerável a todo aquele desejoso de impedir seu desenvolvimento. Assim, tudo que se puder fazer para tumultuar, atrasar, lançar discórdia, será tentado, tudo com um ar de nobreza moral digno dos mafiosos da velha Chicago de Capone.

O Atleticano não pode acreditar no serpentário voltado para o seu enfraquecimento, ter dúvidas, atender ao covarde canto inimigo.

A Arena vai sair, será concluída, para o sofrimento dos tantos que hoje sibilam nas redações, nos corners das repartições públicas de todos os níveis.

O Atlético vai voltar à série A, vai ser difícil, nada é fácil para o Rubro-negro, mas ano que vem estaremos lá, de novo, entre os principais clubes do Brasil.

Temos que estar unidos, no campo, nas ruas, nas redes sociais, em todos os foros onde a voz do Furacão se precisar ouvir com o real tamanho da sua força e das suas tradições.

Amigo rubro-negro! Coloque seu chapéu de Indiana Jones e, onde ouvir um peçonhento denegrindo a instituição Atlético Paranaense, use sua palavra poderosa, chicote nele, expulse o filho de jararaca do seu caminho. Curitiba precisa deixar de ser esse tenebroso poço das almas.

 

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