sexta-feira, 2 de novembro de 2012

AZAR O DELE


Confesso aos amigos que da exposição do Conselheiro e Procurador de Justiça Mário Schirmer na reunião do Conselho Deliberativo do Atlético, a informação de que o Paraná tem uma Universidade Federal, enquanto o Rio Grande do Sul tem sete, foi a mais chocante.

Os conhecimentos plenamente favoráveis ao Atlético, por ele relatados em detalhes – a exposição está disponível no site oficial do Furacão –, estabelecem a legalidade de tudo o que é feito no clube com respeito à construção da Arena 2014. Para alguns, ainda em dúvida, são saberes significativos, colocam ordem na casa de forma serena, o profissional experiente ditando cátedra sobre o seu dia a dia. Importante, esclarecedor, oportuno, mas não choca.

A desigualdade entre o número de universidades é de tirar as calças pela cabeça, demonstra com clareza a incompetência da classe política paranaense, não é de se admirar, tais são os nomes deprimentes que elegemos para nos representar em Brasília, nada mais que diplomados tiriricas.

Desse rol de tiriricas a passear pelo cerrado nada se espera. Uma aparição fugaz em tempos de CPI qualquer, uma bobagem repercutida pela imprensa nacional irônica, são os momentos maiores dos nossos senadores e deputados federais. O Paraná é o que é pelo valor do seu povo. Nossos políticos muito fazem quando não atrapalham. Que se divirtam na ilha da fantasia.

Por vezes, um desses tiriricas aposentados se vangloria de seu passado parlamentar, da assinatura em documento que não leu, da participação menor em momento importante, tenta parecer maior do que é, acredita ser maior do que é. Tudo bem, para que tirar a alegria do iludido? Palmas para ele.

Vez por outra, um desses petulantes, ainda contaminado pela sua irrefreável capacidade de atrapalhar, aproveita os espaços que a humanitária sociedade curitibana lhe faculta, para arremessar seus ódios contra pessoas e instituições, quem sabe apenas por vê-las com tal poder de realização, insuportável a inveja, a comparação com o seu passado de tão poucos feitos.

O seu Estado lhe deu todas as chances para fazer e não fez. O seu clube do coração chafurda no pântano, logo o dele. O futebol mata a gente. Como podem outros mobilizar céus e terras, ser tão proficientes, ele tão incompetente. No fundo acho justa a revolta. Não culpo. Quem não tem suas invejas?

Os atleticanos estão perdendo tempo com um desses tiriricas de chuteiras. O tempo passará e ele continuará na sua rancorosa trincheira, a velhice ou traz a serena sabedoria, ou a irascível insensatez. O censor rubro-negro escolheu a via doentia. Quanto mais o Atlético crescer, mais ele afundará em ódios. O que podemos fazer? Se a família não encaminhar para tratamento, azar o dele.

 

 

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