Confesso aos amigos que da exposição
do Conselheiro e Procurador de Justiça Mário Schirmer na reunião do Conselho
Deliberativo do Atlético, a informação de que o Paraná tem uma Universidade
Federal, enquanto o Rio Grande do Sul tem sete, foi a mais chocante.
Os conhecimentos plenamente favoráveis
ao Atlético, por ele relatados em detalhes – a exposição está disponível no
site oficial do Furacão –, estabelecem a legalidade de tudo o que é feito no
clube com respeito à construção da Arena 2014. Para alguns, ainda em dúvida,
são saberes significativos, colocam ordem na casa de forma serena, o
profissional experiente ditando cátedra sobre o seu dia a dia. Importante,
esclarecedor, oportuno, mas não choca.
A desigualdade entre o número de
universidades é de tirar as calças pela cabeça, demonstra com clareza a
incompetência da classe política paranaense, não é de se admirar, tais são os
nomes deprimentes que elegemos para nos representar em Brasília, nada mais que
diplomados tiriricas.
Desse rol de tiriricas a passear pelo
cerrado nada se espera. Uma aparição fugaz em tempos de CPI qualquer, uma
bobagem repercutida pela imprensa nacional irônica, são os momentos maiores dos
nossos senadores e deputados federais. O Paraná é o que é pelo valor do seu
povo. Nossos políticos muito fazem quando não atrapalham. Que se divirtam na
ilha da fantasia.
Por vezes, um desses tiriricas
aposentados se vangloria de seu passado parlamentar, da assinatura em documento
que não leu, da participação menor em momento importante, tenta parecer maior
do que é, acredita ser maior do que é. Tudo bem, para que tirar a alegria do
iludido? Palmas para ele.
Vez por outra, um desses petulantes,
ainda contaminado pela sua irrefreável capacidade de atrapalhar, aproveita os
espaços que a humanitária sociedade curitibana lhe faculta, para arremessar
seus ódios contra pessoas e instituições, quem sabe apenas por vê-las com tal
poder de realização, insuportável a inveja, a comparação com o seu passado de
tão poucos feitos.
O seu Estado lhe deu todas as chances
para fazer e não fez. O seu clube do coração chafurda no pântano, logo o dele.
O futebol mata a gente. Como podem outros mobilizar céus e terras, ser tão
proficientes, ele tão incompetente. No fundo acho justa a revolta. Não culpo.
Quem não tem suas invejas?
Os atleticanos estão perdendo tempo
com um desses tiriricas de chuteiras. O tempo passará e ele continuará na sua
rancorosa trincheira, a velhice ou traz a serena sabedoria, ou a irascível
insensatez. O censor rubro-negro escolheu a via doentia. Quanto mais o Atlético
crescer, mais ele afundará em ódios. O que podemos fazer? Se a família não
encaminhar para tratamento, azar o dele.
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