sábado, 3 de novembro de 2012

BANZAI !


Eram três e dez e o Elias caiu da cama, a partir daí o sono não voltou mais. Faltava ainda meia hora para o despertador tocar e a Michele já estava acordada. A eletricidade está no ar. Quem vai quer ver o relógio acelerar, unir-se aos irmãos, iniciar a jornada. Quem fica está na janela, olhando a noite vagarosa, maltratando o torcedor ansioso por ver o dia começar, as horas passarem rápidas, o jogo ter início.

Às quatro da manhã, a nação rubro-negra tensa, taquicárdica, vaga na madrugada. A única atleticana ainda ressonando tranquila é a Manuela, vai comemorar seu primeiro ano de vida bem na hora do jogo. Sonha com os anjos, todos em vermelho e preto cantando a vitória do Furacão. Um sorriso feliz aparece no rosto meio mãe, meio pai, lindo.

O sol nem saiu e o Furacão já está na estrada. Os atleticanos movimentam-se para São Caetano. A batalha começou. Os jogadores ainda dormem, repousam os guerreiros. Os torcedores acesos deslocam-se para suas trincheiras, sabem da sua importância histórica.

O Bruno com a ansiedade a mil grita “bora para São Caetano” e lembra “o Atlético nos une, a união nos fortalece”. O Fernando lembra que há um ano estamos jogando fora de casa, o campo pouco importa. A Ana pede a proteção de Deus e solta “prá cima Furacão, fuuuiiiiiiii”. A Hanna, que não vai, pede a Deus que cuide da viagem de todos, sabe que o grito dos viajantes no Campanella será o eco do seu grito distante.

O Rubro-negro existe graças a milhares de Elias, Micheles, Brunos, Fernandos, Anas e Hannas que o colocaram no colo nos bons e maus momentos dos seus 88 anos. Eles garantiram vida longa ao Furacão, hoje garantirão a ascensão gloriosa à série A. Farão a sua parte.

Sigam com fé irmãos, que Deus os acompanhe a cada momento. Vamos todos irmãos rubro-negros, com fé, ao ataque.
Banzai!

 

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