domingo, 18 de novembro de 2012

ELEVADOR CHEIO

Querer não é poder. Torcer é fazer tudo para acontecer, mas, também, não é poder. Queria no primeiro, o Atlético do segundo tempo, atacando, perdendo gols, assustando o Criciúma. Queriiiiiia, quem sou eu para querer e poder.

Encolhido atrás da linha do meio de campo, somente Marcão e Elias fazendo uma sombra na saída de bola do Tigre, o Rubro-negro defendeu na primeira fase, só a partir dos 35 minutos Botelho e Maranhão chegaram ao ataque, conseguiram dar algum ânimo ao torcedor em suspense.

Defensivamente o time foi perfeito, o único susto aconteceu logo ao primeiro minuto, em falta que passou por toda a linha de atacantes e defensores, e Santos defendeu com ótimo reflexo.  Quem tinha dúvidas sobre o substituto de Weverton, ganhou confiança no abrir das cortinas. Foi bem o jogo todo.

Arrisco dizer que a opção pela defesa foi de Nhô Drub, os posicionamentos recuados de Marcelo e Felipe justificariam minha opinião. Alguém dirá que foi uma imposição do volume de jogo do time do seu Angeloni, empurrado pela torcida, e pode estar carregado de razão.

Bastou o avanço de Felipe na segunda fase e aos três ele já estava dentro da área cruzando com extremo perigo. Marcelo veio para a esquerda, Maranhão foi liberado para jogar no ataque e o Atlético foi perdendo gols. Aos 29, o cartão amarelo substituiu Felipe por Henrique, aos 35 a rotina trocou Elias por Baier. A partida em São Caetano terminou em empate. O Tigre empurrou o jogo com a barriga peluda até o apito final. Está na série A. Parabéns.

Tudo vai bem quando termina bem. Tudo se encaminha para terminar bem. Só a derrota para o Paraná pode evitar nosso retorno à primeira divisão. Conforme os resultados, nem ela. Ótimo, fizemos por isso. Cabe aos velhos alertar.

Em 2004, brigando para ser campeão brasileiro, o Atlético enfrentou o Paraná na Baixada. Ganhava de 1 a 0, quando nos minutos finais, um tal Messias deu um chute lá do meio campo, Bruno Lança intrometeu a cabeça e gol contra. Os dois pontos fizeram uma falta tremenda. Bobeou, o cachimbo cai.

É semana para se trabalhar duro, manter a concentração em alta. Nada de acreditar que o Guarani vai dar a vaga para o Atlético, jogar com o ouvido no radinho. O Atlético tem que ir à luta, coletivamente, a torcida tem que lotar o Ecoestádio. No futebol, para subir um andar, é mais fácil com o elevador cheio.

 

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