Encolhido atrás da linha do meio de
campo, somente Marcão e Elias fazendo uma sombra na saída de bola do Tigre, o
Rubro-negro defendeu na primeira fase, só a partir dos 35 minutos Botelho e
Maranhão chegaram ao ataque, conseguiram dar algum ânimo ao torcedor em
suspense.
Defensivamente o time foi perfeito, o
único susto aconteceu logo ao primeiro minuto, em falta que passou por toda a
linha de atacantes e defensores, e Santos defendeu com ótimo reflexo. Quem tinha dúvidas sobre o substituto de
Weverton, ganhou confiança no abrir das cortinas. Foi bem o jogo todo.
Arrisco dizer que a opção pela defesa
foi de Nhô Drub, os posicionamentos recuados de Marcelo e Felipe justificariam
minha opinião. Alguém dirá que foi uma imposição do volume de jogo do time do
seu Angeloni, empurrado pela torcida, e pode estar carregado de razão.
Bastou o avanço de Felipe na segunda
fase e aos três ele já estava dentro da área cruzando com extremo perigo.
Marcelo veio para a esquerda, Maranhão foi liberado para jogar no ataque e o Atlético
foi perdendo gols. Aos 29, o cartão amarelo substituiu Felipe por Henrique, aos
35 a rotina trocou Elias por Baier. A partida em São Caetano terminou em
empate. O Tigre empurrou o jogo com a barriga peluda até o apito final. Está na
série A. Parabéns.
Tudo vai bem quando termina bem. Tudo
se encaminha para terminar bem. Só a derrota para o Paraná pode evitar nosso
retorno à primeira divisão. Conforme os resultados, nem ela. Ótimo, fizemos por
isso. Cabe aos velhos alertar.
Em 2004, brigando para ser campeão brasileiro,
o Atlético enfrentou o Paraná na Baixada. Ganhava de 1 a 0, quando nos minutos
finais, um tal Messias deu um chute lá do meio campo, Bruno Lança intrometeu a
cabeça e gol contra. Os dois pontos fizeram uma falta tremenda. Bobeou, o
cachimbo cai.
É semana para se trabalhar duro,
manter a concentração em alta. Nada de acreditar que o Guarani vai dar a vaga
para o Atlético, jogar com o ouvido no radinho. O Atlético tem que ir à luta,
coletivamente, a torcida tem que lotar o Ecoestádio. No futebol, para subir um
andar, é mais fácil com o elevador cheio.
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