quarta-feira, 7 de novembro de 2012

DEU NO QUE DEU


O Atlético empatou. Imperdoável. Inacreditável. Impossível.

O amigo quer saber se o Atlético vai atacar ou não, dá uma olhada no posicionamento de Henrique. Começou o jogo e o 11 está lá atrás, entramos para defender, teremos complicações.

É simples. O Atlético fica dependente do jogo pela direita, da voluntariedade de Maranhão, dos lampejos de Marcelo. Pela esquerda nada acontece. Botelho não vai, Saci vai, dá de cara com o beque, faz meia volta e entrega para João Paulo. O jeito é fazer Marcelo alternar seu posicionamento, foi assim que surgiu o pênalti que nos colocou na frente do placar.

O jogo segue e nada muda. O Atlético permanece o mesmo, o treinador adversário coloca atacantes. Neste duelo de coragens chegamos aos trinta minutos do segundo tempo, o momento do chute louco. Desta vez, não foi chute louco, foi uma bela jogada que resultou no gol do América, iniciada com erro de passe horroroso de Saci no ataque.

Então, entra Ricardinho, vamos para a bola aérea, Baier já está em campo, vamos em busca do milagre. Não aconteceu.

Infelizmente, o setor esquerdo do Atlético caiu muito de produção. Henrique virou volante. Botelho e Saci perderam rendimento ofensivo. A causa pode ser a opção tática, indo Maranhão, o lateral oposto fica. Como Maranhão vai toda hora, a esquerda se anula. A crítica fica em suspenso, mas que a ação pelo setor é mínima, não há dúvida. E precisa haver ação pelo setor.

Elias é duro de coração. A assistência que deveria dar prazer ao armador, não faz parte do seu cardápio. De frente para o gol, sai carimbando os glúteos adversários, ótima chance para as câmeras mostrarem aquelas propagandas colocadas em região pouco acessível às lentes de todos os tipos. Um bom passe para Marcelo, ou para Marcão, poderia ter definido a partida.

Estamos no fim de uma maratona e Nhô Drub só substitui por problema físico, Baier é alteração certa, a terceira substituição só acontece em caso de placar adverso, ou aos 47 para ganhar um minuto. O Atlético científico deveria dizer para ele que Henrique não aguenta correr uma meia maratona a cada quatro dias, que o clube tem mais que 13 jogadores disponíveis prontos para ajudar.

Ninguém quer uma revolução no elenco a três rodadas do final do campeonato, mas jogadores como Henrique já devem estar à beira da exaustão. Temos opções para todos os problemas, por que devemos manter em campo jogadores com baixo rendimento na partida – disse na partida –, por que não podemos mudar o esquema, ter mais atacantes, mais velocidade, mais força?

O mundo não acabou. Nhô Drub tem crédito pela campanha que nos tirou do buraco, mas precisa entender que não se podem correr riscos nesta hora. O Atlético lento, errando passes que vimos em campo tinha que ser modificado no início do segundo tempo. Não foi. Deu no que deu.

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