São onze horas e trinta da manhã.
Nesta hora o povo atleticano já está em Criciúma, vivendo o clima da partida, intrometido
entre os torcedores do Tigre, abismados com a quantidade de camisas
rubro-negras desfilando pela cidade. Para os torcedores das duas equipes, o
jogo pela vaga vale mais que a final sonhada pelo Corinthians contra o Chelsea.
É muito provável que a
torcida do Criciúma, que já andou ensaiando vaias em partidas anteriores,
esteja cada vez mais preocupada com o resultado do jogo.
O time que lutava pelo
campeonato caiu de rendimento, perdeu três seguidas em casa, teve que mudar o
esquema, inventar um 352 para vencer a última e se manter no topo, garantir uma
situação que já era líquida e certa.
A contusão de zagueiro
impede a confirmação do 352 vencedor. A confirmação pelo departamento médico de
que o principal atacante está fora do seu melhor estado físico incomoda.
Perder para Atlético
significa encarar o Avaí precisando vencer, uma rivalidade dura de engolir, já
não basta o Joinville que foi ao Heriberto Hülse e roubou três pontos de chorar
ajoelhado.
Ter o Atlético pela
frente é encarar um leão faminto, que quanto mais devora, mais quer devorar,
tem necessidade, pior, tem pouco respeito pelo habitat da presa à sua frente.
Agora aparece esse mundão
de gente, gente maluca que vai cantar o tempo todo, já invadiu São Caetano, tem
experiência em casa alheia. As coisas estão ficando pretas.
Um começo de jogo
trepidante por parte do Atlético, um gol, e a toca do Tigre pode ir abaixo.
Assim espero. A vontade dos jogadores, a permanente ação ofensiva, o controle
da posse de bola, o incentivo da torcida fanática podem fazer a diferença logo
aos primeiros minutos, quebrar um fator psicológico já em degradação.
Por isso, vamos
torcedor, vamos Furacão. Ao ataque. Mais uma vez, banzai!
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