Sábado, o torcedor coxa assistia a
partida entre Atlético e ASA com saudades de doer o peito. A visão do campo
alagoano, as torcidas mancha alvi-negra e império alvi-negro, vestígios das dez
gloriosas participações do coxa na segundona, um recorde nacional, traziam
lembranças inesquecíveis, uma vontade de retornar àquele cenário arraigado no
coração de cada coxa-branca.
O que começou como uma vã tentativa de
secar o Atlético, transformou-se em viagem ao passado recente, a cada movimento
da câmera um setor conhecido, uma recordação revivida, e como pode a torcida
rubro-negra, sempre ela, estar ocupando aquela arquibancada em que
coxas-brancas históricos sentaram seus bumbuns, comeram ali suas tapiocas, tomaram
seus refrescos de cajá, viveram intensamente a série B. Ah! Série B, que
saudades de você.
A transmissão acabou e ficou aquele sentimento de que fazemos na série A, que orgulho é este que nos afasta do nosso verdadeiro lugar, com o qual nos identificamos tanto, a série B. Ah! Série B, que saudades de você.
Nesse turbilhão de
emoções, a segundona lembrada a cada instante, o coração aqui, querendo estar
ali, outra vez aquela inveja danada do atleticano a lhe tomar o espaço – como pode?
–, o coxa voltou à poltrona para assistir o jogo contra o Corinthians Paulista,
na cabeça, sempre a série B.
O jogo começa e o
espírito “segundista” está impregnado também no maior ganhador de todos os
tempos. É um, é dois, é três, Deivid diminuiu, é quatro, é cinco, quase seis. A
goleada dolorida, fora o baile, traz de novo a lembrança da série magnífica, as
vitórias seguidas, o orgulho de campeão sempre ao alcance da mão.
O coxa corre fazer as
contas, imagina que ainda possa conseguir o retorno à sonhada série, a goleada
deve ter diminuído o saldo de gols, vai ver ainda dá, calcula, calcula, ainda
dá. Três vitórias do Sport, três derrotas coritibanas e a volta está garantida.
Ah! Como seria bom juntar-se ao caído Figueirense.
Ah! Série B, que
saudades de você.
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