Dizem que um raio não
cai duas vezes no mesmo lugar. No Heriberto Hülse, os raios vêm caindo a cada
apresentação do Tigre catarinense. Nos últimos três jogos em casa, o Cricíúma
entregou os pontos aos adversários, foram três derrotas contra Barueri,
Joinville e São Caetano.
A queda no rendimento do
time do seu Angeloni pode ser boa motivação para o torcedor atleticano seguir
rumo sul. Existem outras.
A condição atual do
Furacão é uma delas. O time vem muito bem, a torcida sabe a escalação na ponta
da língua, nem mesmo as perdas por amarelos e vermelhos trazem alguma
preocupação. O time provável contará com Santos; Maranhão, Manoel, Luiz Alberto
e Botelho; Deivid e João Paulo; Elias, Marcelo, Marcão e Felipe.
Eu prefiro Felipe no
lado, como um ponta-esquerda, sei que a maioria gosta de posicioná-lo no meio
de campo ao lado de Elias. Questão de gosto e de estatística, saber onde os
números mostram ser superior o seu aproveitamento. Nada como um bom ponteiro
para criar situações de gol e anular um lateral.
O amigo pode estar
ressabiado com a escalação de Santos, substituindo Weverton em ótima fase.
Imagino que o paraibano acompanhe toda a evolução da equipe, esteja perfeitamente
ajustado aos posicionamentos de Manoel e Luiz Alberto. Sabe imprescindível
estar atento aos lançamentos longos entre os zagueiros, pronto para
transformar-se em líbero sem cometer penalidade. Sabe que nas paradas a pequena
área é sua, tem que sair e livrar o perigo. Está motivado, pronto, sem receios.
Eu também.
Nhô Drub tem toda a
semana para estudar o Criciúma, encontrar espaços para vencer, treinar jogadas
para tornar isso possível. Será apenas acrescer aos treinamentos de rotina uma
ou duas manobras que atinjam vulnerabilidades ou anulem potenciais lances de
perigo do time da casa.
Achei que contra o ASA,
com a saída de Marcelo, ficamos sem contra-ataque, fomos para a defesa sem ter
escape, paramos de incomodar, caímos muito de produção. É bom pensar no
assunto, ter velocista no banco, treinado, pronto para cumprir missão. Não me
digam que Taiberson é jogador de velocidade.
A maior justificativa
para o atleticano pegar a estrada reside na postura ofensiva demonstrada pela
equipe nos últimos jogos fora de casa. Ótimos primeiros tempos têm garantido
vitórias importantíssimas, diferentemente das agônicas primeiras fases contra Guarani
e América-RN. O Atlético fora é vibrante, vai para cima, cala a torcida
adversária, agride, faz gols, é outro time.
O indispensável é manter
na longa semana o foco na vitória, evitar a dispersão, o perigoso sentimento de
superioridade, fugir do mito de que o jogo se ganha nos noventa minutos, o
empate é bom resultado. Perdeu o foco, perdeu a força. Esta é semana para manter
o emocional em alta, dormir como pirata, com a faca na boca.
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