terça-feira, 13 de novembro de 2012

COM A FACA NA BOCA


Dizem que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. No Heriberto Hülse, os raios vêm caindo a cada apresentação do Tigre catarinense. Nos últimos três jogos em casa, o Cricíúma entregou os pontos aos adversários, foram três derrotas contra Barueri, Joinville e São Caetano.

A queda no rendimento do time do seu Angeloni pode ser boa motivação para o torcedor atleticano seguir rumo sul. Existem outras.

A condição atual do Furacão é uma delas. O time vem muito bem, a torcida sabe a escalação na ponta da língua, nem mesmo as perdas por amarelos e vermelhos trazem alguma preocupação. O time provável contará com Santos; Maranhão, Manoel, Luiz Alberto e Botelho; Deivid e João Paulo; Elias, Marcelo, Marcão e Felipe.

Eu prefiro Felipe no lado, como um ponta-esquerda, sei que a maioria gosta de posicioná-lo no meio de campo ao lado de Elias. Questão de gosto e de estatística, saber onde os números mostram ser superior o seu aproveitamento. Nada como um bom ponteiro para criar situações de gol e anular um lateral.

O amigo pode estar ressabiado com a escalação de Santos, substituindo Weverton em ótima fase. Imagino que o paraibano acompanhe toda a evolução da equipe, esteja perfeitamente ajustado aos posicionamentos de Manoel e Luiz Alberto. Sabe imprescindível estar atento aos lançamentos longos entre os zagueiros, pronto para transformar-se em líbero sem cometer penalidade. Sabe que nas paradas a pequena área é sua, tem que sair e livrar o perigo. Está motivado, pronto, sem receios. Eu também.

Nhô Drub tem toda a semana para estudar o Criciúma, encontrar espaços para vencer, treinar jogadas para tornar isso possível. Será apenas acrescer aos treinamentos de rotina uma ou duas manobras que atinjam vulnerabilidades ou anulem potenciais lances de perigo do time da casa.

Achei que contra o ASA, com a saída de Marcelo, ficamos sem contra-ataque, fomos para a defesa sem ter escape, paramos de incomodar, caímos muito de produção. É bom pensar no assunto, ter velocista no banco, treinado, pronto para cumprir missão. Não me digam que Taiberson é jogador de velocidade.

A maior justificativa para o atleticano pegar a estrada reside na postura ofensiva demonstrada pela equipe nos últimos jogos fora de casa. Ótimos primeiros tempos têm garantido vitórias importantíssimas, diferentemente das agônicas primeiras fases contra Guarani e América-RN. O Atlético fora é vibrante, vai para cima, cala a torcida adversária, agride, faz gols, é outro time.

O indispensável é manter na longa semana o foco na vitória, evitar a dispersão, o perigoso sentimento de superioridade, fugir do mito de que o jogo se ganha nos noventa minutos, o empate é bom resultado. Perdeu o foco, perdeu a força. Esta é semana para manter o emocional em alta, dormir como pirata, com a faca na boca.

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário