sexta-feira, 2 de novembro de 2012

ABRE AS PORTAS DOS TEUS BARES


O Atlético vai para a batalha do Campanella com o mesmo time que venceu o Guaratinguetá. Impossível ser diferente. Mudar agora seria uma tonteria, caso de se chamar o pessoal da camisa de força, levar Nhô Drub para o manicômio.

Vai, também, com a mesma torcida apaixonada que o apoiou na conquista do Brasileiro em 2001. Doido estaria aquele a acreditar que, neste momento, o torcedor fanático deixaria o Rubro-negro sem o seu histórico incentivo.

Time entrosado, o amigo sabe até as substituições que Nhô Drub fará durante a partida, a torcida já no aquecimento, as imagens salpicando todas as telas de vermelho e preto, a memória do sucesso anterior comandando os pensamentos, o cenário está montado para o excelente resultado.

Qual será o excelente resultado? Três pontos, lógico. O amigo dirá que o empate satisfaz, deixa tudo como está, o Atlético na frente, com mais vitórias, a derrota é o único resultado impossível.

Com a cabeça no meu eterno duelo de vontades, encontro na filha, atleticana de perder o sono, adversária cruel. Acha que o jogo é psicológico, ganhará aquele que tiver tranquilidade, errar menos na defesa, aproveitar melhor as chances no ataque. Nem o meu olhar fulminante, de velho metido a conhecer do jogo da bola, a abala. É uma fortaleza, um orgulho.

Aqui entre nós, longe dos seus ternos olhos de jabuticaba, quero um Atlético que entre em campo para ganhar, colocando pressão desde o primeiro minuto, tentando decidir o jogo ainda nos 45 iniciais, ou, pelo menos, colocar vantagem.

Não gosto desses jogos empurrados com a barriga, o empate visto como bom resultado, o time a cada minuto encolhendo mais, dando chance para o que chamo de chute louco, algo como aquela falta de goleiro contra o Guarani. Tomado o gol por um desses artifícios do destino, o adversário se agiganta, cresce o seu psicológico, a vaca se encaminha para o brejo.

Penso que o banco do Atlético deve ser montado para o ataque. Fiquei horrorizado com as presenças de Renan Foguinho e Derley no banco contra o Guaratinguetá. Para quê? Em que situação dois volantes teriam alguma utilidade? Uma revoada fatal das garças em final de partida? Por sorte, Nhô Drub fez alterações ofensivas. Felipe, Baier e Saci garantiram a vantagem.

Quero um time tranquilo e cheio de vontades. Marcelo vivo pelos dois lados, Elias escolhendo melhor entre a assistência e o chute longo, Marcão no mesmo ritmo que me fez apreciar seu jogo.

Vamos Atlético! Manoel, cuida as tuas costas, Weverton, faça os teus milagres, e – só para dar uma sonoridade a la Castro Alves em meio ao seu Navio Negreiro de sofrimentos, e prevendo a vitória –, Curitiba, abre as portas dos teus bares.

 

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