O Atlético vai para a batalha do
Campanella com o mesmo time que venceu o Guaratinguetá. Impossível ser
diferente. Mudar agora seria uma tonteria, caso de se chamar o pessoal da
camisa de força, levar Nhô Drub para o manicômio.
Vai, também, com a mesma torcida apaixonada
que o apoiou na conquista do Brasileiro em 2001. Doido estaria aquele a
acreditar que, neste momento, o torcedor fanático deixaria o Rubro-negro sem o seu
histórico incentivo.
Time entrosado, o amigo sabe até as
substituições que Nhô Drub fará durante a partida, a torcida já no aquecimento,
as imagens salpicando todas as telas de vermelho e preto, a memória do sucesso
anterior comandando os pensamentos, o cenário está montado para o excelente
resultado.
Qual será o excelente resultado? Três
pontos, lógico. O amigo dirá que o empate satisfaz, deixa tudo como está, o
Atlético na frente, com mais vitórias, a derrota é o único resultado
impossível.
Com a cabeça no meu eterno duelo de
vontades, encontro na filha, atleticana de perder o sono, adversária cruel.
Acha que o jogo é psicológico, ganhará aquele que tiver tranquilidade, errar
menos na defesa, aproveitar melhor as chances no ataque. Nem o meu olhar
fulminante, de velho metido a conhecer do jogo da bola, a abala. É uma
fortaleza, um orgulho.
Aqui entre nós, longe dos seus ternos olhos
de jabuticaba, quero um Atlético que entre em campo para ganhar, colocando
pressão desde o primeiro minuto, tentando decidir o jogo ainda nos 45 iniciais,
ou, pelo menos, colocar vantagem.
Não gosto desses jogos empurrados com
a barriga, o empate visto como bom resultado, o time a cada minuto encolhendo mais,
dando chance para o que chamo de chute louco, algo como aquela falta de goleiro
contra o Guarani. Tomado o gol por um desses artifícios do destino, o
adversário se agiganta, cresce o seu psicológico, a vaca se encaminha para o
brejo.
Penso que o banco do Atlético deve ser
montado para o ataque. Fiquei horrorizado com as presenças de Renan Foguinho e
Derley no banco contra o Guaratinguetá. Para quê? Em que situação dois volantes
teriam alguma utilidade? Uma revoada fatal das garças em final de partida? Por
sorte, Nhô Drub fez alterações ofensivas. Felipe, Baier e Saci garantiram a
vantagem.
Quero um time tranquilo e cheio de
vontades. Marcelo vivo pelos dois lados, Elias escolhendo melhor entre a
assistência e o chute longo, Marcão no mesmo ritmo que me fez apreciar seu
jogo.
Vamos Atlético! Manoel, cuida as tuas
costas, Weverton, faça os teus milagres, e – só para dar uma sonoridade a la
Castro Alves em meio ao seu Navio Negreiro de sofrimentos, e prevendo a vitória
–, Curitiba, abre as portas dos teus bares.
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