sexta-feira, 23 de novembro de 2012

TUDO VALE A PENA

Quem se lembra desta escalação? Ricardo Pinto, Ronaldo, Ricardo, Luis Eduardo e Alex; Neto, João Antonio, Everaldo e Leomar; Oséas e Paulo Rink. Lembrou? Claro que lembrou. Esses foram os heróis que conduziram o Atlético à primeira divisão em 1995, estão no coração de todos os atleticanos.

Quem era o técnico? Vamos lá. O amigo pode não conhecer José Macia, mas é certo que conhece Pepe, o canhão da Vila Belmiro, o treinador que nos tirou do umbral da segundona.

Todos eles estão na história Rubro-negra, como tantos outros de especial importância – Matosas, Flavio, Toninho, Borçato, Emerson e por ai vai –, protagonistas e coadjuvantes da escalada que culminaria com a conquista do Brasileiro de 2001.

Amanhã, onze atleticanos estarão a um passo de entrar na história, constar dos registros grafados em ouro, estar na foto e na cabeça de milhares de torcedores. Quantas pessoas podem ser lembradas com carinho por tanta gente? O futebol permite esse reconhecimento, mas exige de seus atores fibra de heróis, infinita capacidade de resistir e vencer para se alcançar a glória.

Nada se ganha na véspera. O corredor pode se imaginar rompendo a fita de chegada em primeiro lugar, mobilizar seu pensamento para a vitória, mas imprescindível ter bem clara a estratégia a colocar em prática durante toda a corrida, o controle dos seus adversários, o momento de defender, de atacar, de impedir o contra-ataque, definindo o resultado favorável.

Sonhou demais, perdeu o foco na marcação do etíope magrelo, do queniano perna fina, permitiu o arranque inesperado, lá se foi todo o esforço.

Para conseguir entrar na história, o time de Nhô Drub terá que comandar a partida, fazer o resultado e mantê-lo sem dar chances ao pretendente a desmancha prazeres. Serão noventa minutos de atenção e aplicação ao jogo, sequer um centímetro de campo cedido, sequer um segundo de livre pensamento concedido ao adversário.

Assim sendo, daqui a dez anos abriremos o livro da história Rubro-negra e nos depararemos com a foto emoldurada pela torcida maravilhosa, os contornos do Janguito facilmente perceptíveis.

Diremos então: “Era um time de guerra. Lembra-se do Manoel, do Marcelo, o papa-léguas, do guerreiro João Paulo, do Baier dos gols nos últimos segundos, da canhota do Elias...” e o dedo apontará um a um, os nomes, as jogadas, os gols lembrados, a garra enaltecida, a conversa longa para pouca noite.

Este foi um ano difícil, o coração do torcedor já foi ao mecânico três vezes, os jogadores já fizeram milagres, por incrível que pareça nada ainda está ganho, falta o arranque final para alcançar a fita. É dura a exigência em fim de maratona – quem não sabe? –, mas para entrar na foto, tudo vale a pena.

 

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