quinta-feira, 15 de novembro de 2012

É SÁBADO


A derrota para o Bragantino na 27ª rodada me fez duvidar do retorno para a primeira divisão. A derrota anterior para o Goiás era admissível, o time goiano estava embalado, natural perder fora. Perder para o Bragantino, mesmo longe do Janguito, era tomar uma trombada do Narain Karthikeyan no meio da prova.

Olhando para frente, tínhamos nossos principais concorrentes às quatro vagas – Vitória, São Caetano e Criciúma – jogando em casa contra o Furacão. Se o Braga nos atropelou, como ganhar desses times na ponta dos cascos, e ganhar era indispensável, a minha estatística obrigava.
O dia D passou a ser então 30 de outubro, a grande prêmio do Barradão. O Atlético vinha de três boas vitórias, o 5 a 4 contra o América Mineiro de enfartar maratonista. A reta final da campanha “volta Furacão” atravessaria a linha de partida em Salvador. Faltavam oito provas. Vencemos, hora de atacar, mostrar o bico, forçar a ultrapassagem.

Duas provas em casa, a pista conhecida, seis pontos quase garantidos. Derrapamos na curva do guarani, o goleiro bugrino em falta nos deixou no limite do G4, um ponto atrás do São Caetano, o próximo adversário, justo o grande prêmio do Campanella. A nação Rubro-negra se mobilizou, o time foi guerreiro e venceu. Assumimos a 4ª vaga. O impulso foi vigoroso. Cuidem-se América RN e ASA de Arapiraca.
Aí faltou gasolina, perdemos dois pontos para a escuderia potiguar no Ecoestádio. Passamos, mas não evoluímos, o inimigo está a um passo, eu não consigo ter paz.

A vitória contra o ASA injetou sangue novo no meu otimismo, permanecemos a 2 pontos do São Caetano e nos igualamos ao rubro-negro baiano, algo que parecia impossível, tal a distância que nos afastava. O Vitória era o campeão certo da segundona para todos os profetas da bola. Com a palavra o futebol.
Dos oito últimos e decisivos grandes prêmios passaram-se seis, aproximamo-nos do Criciúmaring, estamos na iminência da batalha do Hülse. O time fez um milagre, é o melhor rendimento nas últimas oito rodadas, 83%, é um Vettel, mantém-se firme, é bom lembrar, jogando sempre fora de casa.

Casa? Faz tempo que nossa casa é a casa dos outros. Agora nossa casa se chama Heriberto Hülse.  As caravanas se mobilizam, os ônibus lotam em minutos, os ingressos desaparecem em segundos, impossível aqui, a amiga da namorada consegue o passaporte no guichê na terra do carvão. O povo estará lá, mais uma vez.
O Atlético é o valoroso soldado universal, combate em todos os lugares, é apoiado em todos os quadrantes, uma bandeira a tremular vitoriosa sem escolher cenários. Vamos meu Furacão, vamos meu povo, a volta tem data marcada, é sábado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário