Elias, Micheles, Brunos, Fernandos,
Anas e Hannas, perto e longe, fizeram a sua parte, coloriram de vermelho e
preto as arquibancadas do Campanella, dos plantões médicos, dos restaurantes,
dos quartéis, dos serviços de todos os tipos que os aprisionavam, viram com o
rabo dos olhos a vitória rubro-negra, vibraram com os gols que em definitivo abriram
as portas para a série A.
Eu pedi e ganhei. Queria um Atlético
na frente desde o primeiro minuto, procurando a vantagem indispensável, e assim
foi. Com Henrique muito mais ponta esquerda do que armador, o Furacão incomodou
ao rolar da bola e aos seis, em cruzamento de Maranhão, Marcão finalizou de
cabeça para as redes. Quem estava na rua e ficou na dúvida se o foguetório
tinha origem coxa, o celular gritou logo, e a mensagem dizia “goooooollllllll
do Furaca”.
Eu queria mais um, o São Caetano o
empate. Mandou-se para frente, manteve o controle do jogo, sem incomodar
Weverton. Aos 10 um chute de fora, aos 23 um cruzamento nas mãos do moicano.
Com Marcão e Elias bloqueando a saída de bola, duas linhas de quatro
transpirando determinação, o Atlético defendia bem, quando aos 26, Manoel
sofreu falta pela direita do ataque.
Elias levantou na área, Marcão fez o
pivô aéreo, o papa-léguas entrou com tudo para marcar o gol que eu desejava. A
partir daí, o Atlético dominou, Deivid e João Paulo excelentes, o gol matador
esteve para sair, Marcão, um gol, uma assistência, por três vezes foi bloqueado
no instante do chute fatal.
O segundo tempo veio com modificações
no time azul, no Atlético, Marcelo e Henrique trocaram de lado, o time foi para
a defesa. Com a boa vantagem, tentar o contragolpe era razoável, a troca dos
ponteiros não entendi. Aí veio o sufoco e a grande partida de Weverton. Uma
milagrosa no chão aos 7, uma providencial saída na lateral da área aos 15, fora
a atuação primorosa nas bolas aéreas.
Pois foi numa bola aérea, aos 30, que
o São Caê diminuiu. O atacante cruzou, o defensor marcou. Vai complicar. Ai,
ai, ai.
Aos 32:53 entrou Baier no lugar de
Elias. Vá contando aí nos dedos os segundos. A bola rola no ataque rubro-negro,
já contou aí 34, Baier para Marcelo, o chute de fora, contou aí 37, bola na
rede. Gooooollllllllllllllll. Esse Paulo Baier quando não dá a luz, favorece o
parto. É um iluminado.
A torcida está no “Dáááá-lhe! Dá-lhe!
Dá-lhe ôôôô” e aos 38 um azuláceo manda bomba de fora e Weverton faz novo
milagre. Fim do ânimo do São Caê, a torcida bengala azul prepara para a
canjinha de final de tarde, o Furacão venceu.
As últimas imagens mostram Petraglia
rindo como criança em meio ao campo. É bom vê-lo assim. O Atlético que já
colocara o maior público do Campanella na série A, agora tem o recorde também
na série B, sempre com a vitória. Que vitória importante, que time de raça, que
torcida danada.
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