segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

ATLETICOSE

Fui ao paraíso e voltei bichado. De novo. Acho que minha natureza reprova as comidinhas da hora, as pernas para o ar, as caipirinhas adocicadas por múltiplas frutas vermelhas, os queijinhos variados, as bombadas azeitonas espanholas. Quer o estresse, o restaurante a quilo, o pão triste carregado de grãos de todos os tipos, o desgaste do trânsito, o queijo branco com gosto de queijo branco, exige a proximidade do meu Furacão.

Saí da marina paradisíaca e fui me tratar na bela Cascavel de tantos rubro-negros, acolhido no palácio da sobrinha querida, cumulado por atenção cinco estrelas, deixei o Marajá de Ranchipur com inveja bestial, tão escancarada como a de coxa vendo a Arena magnífica crescer dia após dia.

À Didoca, ao Marcão, ao Kaká, à Cláudia, à Maria, ao Dr Kimura, um atleticano de fé, meus agradecimentos.

Estou de volta à ensolarada Curitiba, baleado, mas a cabeça ainda em funcionamento. É para isso que soldados usam capacete. Salva a cabeça, o resto dá-se um jeito.

Na minha recuperação, a vitória contra o Jotinha teve lá seu efeito positivo. Os gols dos meninos foram um bálsamo. Vendo os melhores momentos fiquei preocupado com dois cruzamentos que encontraram atacante livre no pé da segunda trave, ali, no cantinho do Romário. Tem que consertar, há evidente erro de marcação. Sinto falta dos jogos gravados, do ver e rever para entender.

Sinto falta de notícias do Furacão malaguenho. O que está fazendo? Quando vai jogar uma partida à vera? Nos jogos no exterior ainda observei falta de entrosamento, seguidos erros de passe. O Atlético tem que treinar passes à exaustão, buscar a posse de bola, ter alternativas de ataque, chegar no Brasileiro tinindo, ganhando jogos, impossível começar aos tropeços. Os times da série A estão se fortalecendo, o Atlético fazendo apostas. Preocupa-me.

Sinto falta de notícias de onde vamos jogar o Brasileiro. Janguito, Joinville, Paranaguá, contatos com a CBF, nenhuma das iniciativas me agrada. Tudo me lembra 2012, aquela indecisão que deixou o time ao desamparo, levou às arquibancadas do Ecoestádio, um quebra-galho de aproveitamento duvidoso para a série A. Preocupa-me.

Não posso me preocupar. A preocupação pode dar alento às minhas “oses”. No estado atual, só o que me falta é uma atleticose.

Nenhum comentário:

Postar um comentário