sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

MODELO A TODA A TERRA

A crônica nativa discute o valor da pré-temporada internacional do Rubro-negro. Um defende, vinte atacam, uns chamam de “passeio”. Entre os que atacam estão aqueles que enxergam em jogos do estadual os verdadeiros testes para equipes em início de preparação.

Assisto cinco minutos de Coritiba e Nacional e vejo o gol dos coxas, de falta, do faltoso William. O treino acabou. Que teste é esse? O Coritiba está bem? Está mal? Impossível dizer. O Paraná sofre para empatar com o Operário. Qual a avaliação? O Paraná está mal, tem que contratar, se não o fizer, continuará na segunda divisão. O Paranaense só serve para provar que você está mal.

O Atlético venceu o Dínamo de Kiev e está na final da Copa Marbella no domingo. Para quem disse que o Atlético está a passeio, o jogo mais pareceu um onze contra onze desses rapazes que se esmurram para garantir danos cerebrais permanentes e me fazem perguntar por que proíbem briga de galo.

O Furacão foi colocado à prova em todos os sentidos e venceu. Começou titubeante, foi se firmando, tomou trombada de todos os lados, retribuiu da mesma forma com abalroamentos e bicudas dolorosas.

O Dínamo faz jus ao nome, é forte, veloz, duro e joga com intensidade todo o tempo. Dividida lá não deve se chamar pé de ferro, no mínimo pé de titânio. No campeonato deles devem sair uns cinco por jogo para a Fraturaich Klinic.

Pois contra esse time, o Atlético se impôs, criou jogadas, perdeu gols. Elias centralizado no meio campo, Everton pela direita, Marcão na frente e Marcelo pela esquerda foi como Nhô Drub armou o ataque. Deu certo. Não fosse o goleiro, no mínimo um a zero seria o resultado do primeiro tempo. Aos 35, após entrada violenta, Marcelo foi para a direita em virtude do risco de morte.

Abriu o segundo tempo e o Atlético começou a acertar os galegos mais violentos. Aos 13, depois de confusão, Felipe substituiu Elias. Com Marcelo muito bem pela direita, o Furacão continuava soprando no ataque, perdendo gol, quando aos 18, o juiz expulsou um mais dinâmico que quase quebrou Marcelo.

O jogo ficou ainda mais truncado, muitas faltas cobradas com lentidão, o Atlético com melhor organização, tentando construir jogadas, o Dínamo abusando da bola longa, dando a chance para que Manoel fosse o rei da bola aérea. Seu Manoel jogou muito.

Aos 37, Daniel invadiu a área e sofreu pênalti. Felipe foi lá, caminhou, esperou o goleiro mexer e tocou no outro canto. Fim de pelada. Caneco à vista.

O Atlético teve um grande adversário pela frente, teste impossível de encontrar em terras paranaenses. Mostrou entrosamento, preparo físico e coragem para vencer. Deve ter colocado dúvidas imensas nos que imaginam o estadual como o grande preparatório para o ano. Como diz o hino dos gaúchos: Sirvam nossas façanhas de modelo a toda a terra.

Um comentário:

  1. Caro Ivan,

    se por um lado, no estadual, estamos vendo os meninos inseguros, próprio da idade deles somando-se a isso algumas falhas do técnico, temos uma boa perspectiva quanto ao time que irá disputar a Copa do Brasil e Brasileirão.
    Como sempre, seu comentário e visão dos fatos, pertinentes.

    Um forte abraço RN

    ResponderExcluir