Presidentes dizem não
receber apoio das prefeituras e empresários locais, arcando solitariamente com
imensos prejuízos. A Federação sequer atende aos telefonemas dos clubes na
bancarrota.
Moral da história: O
clube interessado em montar equipe um pouco melhor, gasta mais e encontra no
deficitário estadual o caminho para a falência. Procurar socorro na Federação é
ato de comédia pastelão, sabido que a entidade nada mais é que paupérrimo entreposto
burocrático, infelizmente ainda necessário.
Uma leitura mais
refinada poderá encontrar na participação do Atlético com time Sub-23
contribuição decisiva para tal estado de coisas. Afinal, em campeonato com somente
dois times de ponta, o afastamento proposital de um leva à obviedade do fim, à
ausência dos grandes encontros, ao desinteresse do público em geral.
Mais que clara fica a
impropriedade das receitas disponibilizadas pela televisão para cobrir gastos
mínimos de nossos clubes interioranos.
Quando o presidente do
Cianorte diz que ano passado colocou “588 mil do bolso para fechar as contas e
nesta temporada já foram outros 150 mil”, verifica-se que essas cifras poderiam
ser parcialmente cobertas pelas cotas de televisão, tivéssemos aqui valores
semelhantes a outros campeonatos estaduais.
Assim, não se pode
culpar o Atlético de recusar a oferta da RPC. Com gastos estratosféricos, a
locomotiva do campeonato tem que receber valores condizentes com esses dispêndios,
com sua estatura de time de maior torcida do estado. Tivessem outras equipes a
mesma visão profissional, seguissem sua esperta liderança, a quebradeira
poderia ser evitada.
Um final de turno com
campeão diferente do Coritiba poderá dar alento ao modorrento e deficitário
campeonato. Para isso nossos meninos podem contribuir de forma importante, dar
chance ao renascimento do futebol do interior. Vamos lá piazada, força, rumo ao
treme-treme, ganhar dos coxas.
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