O 352 é ótimo quando o adversário
não tem qualquer ação ofensiva pelos lados do campo. Os alas ficam lá na frente
incomodando, dando dribles, cruzando bolas, sem qualquer preocupação com a
defesa. Foi com toda essa liberdade que o Coritiba venceu. A vulnerabilidade do
setor direito do alvirrubro era tão evidente que até o Chico, irreconhecível
com aquela camisa, chegou na área a dribles e cruzamentos.
Ninguém sabe que esquema
o fujão vai utilizar. Faz mistério. Respeitoso, decidiu concentrar o time
sábado à noite. Vai colocar o Alex para nanar mais cedo.
Alex foi exemplo de
craque vagalume, brilha, some, brilha, some. Um craque com direito a sonecas no
círculo central. Pelo que vi, ainda está fora de forma, não encontrou seu
espaço no campo, a perna está sem força para o lance longo, o time não lhe
presta continência. Nada disso o impede de decidir a partida.
O Atlético pode vencer
esse Coritiba com a corda no pescoço depois que o Londrina derrubou o Jotinha.
O Milan venceu o Barcelona com marcação. Marcar, tomar bolas, incomodar no
ataque, parece ser boa solução para o Atletiba. Fôlego e ousadia não faltarão aos
meninos.
O que preocupa é passar
do ponto, fazer a falta desclassificatória, o pênalti que desequilibra, cair na
provocação coxa-branca, assustar-se com possível pressão inicial, reagir ao
homem de preto. O que preocupa é o emocional.
A minha inquietação deve
desassossegar também os macacos velhos do futebol rubro-negro, a começar por
Antonio Lopes, o técnico que, com Evandro e companhia, venceu o time da torcida
do Nescau em 2005.
Lembram-se de “Au! Au!
Au! Torcida do Nescau”?
Os pais da bola devem
ter passado a semana alertando os meninos, ensinando atalhos, fortalecendo o
entrosamento, sussurrando é possível. Todo o trabalho foi feito e, tenho
certeza, bem feito. Animem-se rubro-negros, esqueçam o Sub-23, o Atlético da
raça vai jogar.
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