O amigo sabe que esta
foi a primeira vez que fui a campo em 2013, sendo assim, a primeira que vi o
Atlético jogar. Nada além do previsível. O Furacão Sub-23 é um time igual a
tantos outros do Paranaense, terá dificuldades imensas a cada jogo, contra
Coritiba e Londrina, se não se cuidar, tomará goleadas impiedosas.
O jogo começa com o
Atlético emburricado pelo lado esquerdo do ataque. O treineiro deve ter
estudado o Cianorte e encontrado ali o lado de jogar. Amontoou todo o time pelo
setor e dá-lhe errar passes, perder bolas, demolir minha paciência. Virar o
jogo, avançar o lateral Renato para aproveitar aquele pasto imenso aberto pela
direita, nem pensar.
No meio de todo desse
primitivismo estratégico, aparece Hernani. O menino tomou bolas, passou,
driblou, cruzou, chutou a gol, foi o condutor das melhores chances do Atlético.
Enquanto isso, Zezinho, marcado individualmente, desapareceu. Lá pelos 35, o
treineiro deslocou Hernani para a direita.
Aos 39 o menino foi à
linha de fundo e cruzou rasteiro, Tiago Adan marcou. Aos 45, de novo Hernani
pela direita, o cruzamento sai alto e Zezinho fez 2 a 0 de cabeça. O garoto
alavancou as fracas atuações de Adan e Zezinho.
Pronto, agora vai. Dois
a zero, tranquilos os meninos vão deslanchar. O segundo tempo será melhor.
Começado, Hernani dá um drible no lateral e cruza rasterinho para Douglas
Coutinho perder o gol. O técnico do Cianorte perde a paciência, libera o cinco
da marcação de Zezinho e cola o volante em Hernani. Faz teu nome Zezinho.
Zezinho é um piá
cansado, parece um veterano de boa qualidade, sabe dar um passe, tem visão de
jogo, mas o freio de mão está puxado ao máximo. Aberto pela direita enfiou duas
ou três bolas e só. Marcado, de volta à esquerda, mais volante que atacante,
Hernani não teve o mesmo rendimento, prova que o cinco do Cianorte sabe o que
faz.
O Atlético perdeu
chances com Renato, Douglas Coutinho e Junior Barros. Mesmo assim, achei o
Cianorte pouco melhor na segunda fase. Teve chances, um bom número de faltas
ofensivas, fez um gol de pênalti e nos fez sofrer nos últimos minutos, vou
jogar minha bola de cristal no lixo.
Para resumir, o Atlético
é time desentrosado, com os atacantes submetidos à marcação, um armador se
arrastando, a cada partida um menino poderá virar destaque, salvar a lavoura. Continuo
achando que Harrison tem lugar neste time sem esquema e sem craques com um pé
nas costas. Sua ausência é um grande mistério.
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