segunda-feira, 2 de maio de 2016

BORBULHANTE, GELADO, DELÍCIA

Pouco antes de sair de casa, catei um champanhe remanescente do Natal e acondicionei no freezer, em espaço feito especialmente para isso. Fechei a porta, procurei o desenho apagado de taça inclinada com borbulhas soltas pelo ar e pressionei com o indicador. A taça acendeu e me disse que em 45 minutos o espumante estaria pronto para consumo. Fui para o jogo.

Primeiro tempo de controle absoluto da partida, gol perdido por Ewandro do interior da área, algumas boas defesas do goleiro Coxa, mostraram um Furacão fechado na defesa, forte no ataque, pronto a detonar o “favorito” a qualquer momento. Fomos para o intervalo zero a zero e eu de sangue doce, fé absoluta nas previsões de Rosa Regina, o amigo sabe que Rosa Regina nunca erra.

Sete minutos e Thiago Heleno marca de cabeça, finalizando cruzamento de Léo. Dezenove, os zagueiros coxas batem cabeça, a bola sobra para Ewandro que marca na saída do goleiro. Vinte e dois, Hernani cobra falta, três a zero Furacão. Alguém, por favor, jogue uma pá de cal no caixão alviverde. Um Furacão arrepiante, com atuações preciosas de Thiago Heleno, Pablo e Ewandro fez renascer a torcida atleticana que há anos eu não via tão entusiasmada.

Brócolis e radiches esperneiam, tentam marcar o de honra, nem chegam perto. Domínio completo e irrestrito. O jogo acaba e penso que a torcida coxa deveria pedir o impeachment daqueles que a fizeram acreditar que tinha time. Semanas atrás, quando o Coxa venceu o PSTC em Cornélio, disse que aquele time não dava nem para o começo. Eu e Rosa Regina estávamos certos. Estou saindo e alguém grita do meu lado “delícia!” “delícia!”, e eu sigo em meio à multidão delirante, pensando no champanhe da vitória, borbulhante, gelado, delícia.

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