terça-feira, 31 de maio de 2016

MUDAR PARA VENCER

Do que escrevi ontem sobre Autuori, alguém pode pensar que estou pedindo a saída do treinador, iniciando a fritura do “rei leão”. Amigos, depois que comecei a leitura do livro “Guardiola Confidencial” de Martí Perarnau, só peço a saída de treinador em último caso, quando o edifício inteiro estiver para cair.

O livro mostra a importância da continuidade do trabalho do treinador, do conhecimento inicial de seus jogadores, das suas capacidades, da possibilidade de adequá-los ao sistema de jogo idealizado por ele. Só o tempo permitirá que o treinador os conheça a fundo, possa transformá-los em multifunção, diminuir elenco enorme para 20 jogadores com superior eficiência.

Da leitura de uma centena de páginas, fiquei com a certeza de que o troca-troca de técnicos que vivemos no Brasil trata-se de amadorismo puro, o sucesso de um, de outro, mera casualidade, fruto de comprometimento maior ou menor dos atletas com aquele que chega. Por isso, vida longa ao “rei leão” sob o cajueiro.

Isso não quer dizer que concorde com tudo que o treinador diga ou realize. Quando Autuori diz “temos uma maneira de jogar, que faz parte do clube e não vamos abrir mão”, submete-se a esquema ditado por alguém, não se sabe quando, que pode nada ter a ver com as características dos nossos jogadores, nem com a forma de atuar de nossos adversários, nem com o seu pensar.

O livro cita vitória de 3 a 1 do Barça sobre o Real Madrid, tendo o Real marcado seu gol aos 27 segundos do primeiro tempo. Guardiola, que começara a partida num 4-3-3, adotou o 3-4-3 aos dez minutos e venceu. O Atlético está engessado há muito tempo, precisa atuar de formas diversas, frente a distintos adversários. Em qualquer situação, estar sempre pronto para mudar, mudar para vencer.

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