sexta-feira, 27 de maio de 2016

EU VI E NÃO ESQUECI

Pedi paciência, inteligência e velocidade. O que esqueci de pedir, algo que alguém como eu jamais poderia esquecer? O amigo vai responder de bate-pronto, vai acertar na gaveta. Claro, esqueci de pedir segurança. Sem segurança, mandamos no jogo, criamos, perdemos chances de gol, e perdemos em dois lances de contra-ataque. O resultado é vexatório. O Atlético não pode mais se permitir chegar à terceira rodada do Brasileiro com um ponto, fechando a classificação. Ninguém me venha de potocas, é um vexame.

As ausências de Leandrinho e Neilton no Botafogo transformaram o time agressivo que vi contra o Sport em equipe jogada na defesa, tímida, uma cobra esperando o vacilo atleticano para instilar seu veneno. Com a entrada de Neilton no segundo tempo, veio o gol que nos imobilizou por completo. Um desastre.

Vou falar pela última vez. Se Hernani tem mesmo que ser titular deste time do Atlético, deve disputar posição com Vinícius, Pablo, atuar avançado, nunca como volante. Hernani é lento, não recupera bolas, curto passa para trás, longo erra passes. Na frente, tem boa visão, pode dar passe enfiado, arriscar cabeceio ofensivo, a batida de falta premiada. Escalar Hernani como volante é pedir para morrer, uma irresponsabilidade. Pronto falei. Também é certo que se Otávio quer proteger a defesa sem fazer falta, marcando com o olho, o banco é melhor lugar.

Walter jogou dez minutos e provou que não pode ficar fora do time. Se André Lima também não pode ficar, então que se ache maneira de colocar os dois em campo. Essa história que os dois não podem jogar juntos só pode vir da boca de quem não viu a seleção de setenta jogar, esqueceu o tempo em que ganhávamos tudo. Eu vi e não esqueci. 

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