Assisti assustado a Corinthians e
Grêmio. Um jogo em altíssima rotação, marcações dobradas o tempo todo,
movimentação constante de atacantes perseguidos pelos seus marcadores, os
espaços diminutos para a construção de jogadas. Por que assustado? Porque se vamos
atuar, como contra o Palmeiras, estamos armados de garrucha em combate onde
impera a automática Glock G25.
No Grêmio, Dodô fixo no ataque, Luan,
Giuliano e Bolaños não tem posição fixa para atacar, movimentam-se com leveza,
quem ocupa a ponta, em segundos, está se infiltrando pelo meio para receber a
bola matadora. No Timão, Elias, Rodriguinho, Marquinhos Gabriel, Romero e até
André, um pouco mais fixo, alternam posições, contam ainda com Fagner sempre
aberto pela direita, livre para o cruzamento. O amigo sabe que o jogo foi 0 a 0,
com poucas chances de gol para ambos os lados, as defesas com alta mobilidade
barraram os ataques.
O Atlético foi vítima dessa
movimentação ofensiva. Nos dois primeiros gols Paulo André demorou uma
eternidade para realizar a cobertura, parecia estar ainda no Paranaense, onde
se pode deixar para a natureza a marcação dos ponteiros de nossos coirmãos. Ou
Paulo André alia um pouco de velocidade à sua experiência, ou vamos tomar
balaços a cada duelo de fim de tarde.
No ataque, a lição foi duríssima,
ficou claro, ou se movimenta, ou troca de posição, ou entra na surpresa, ou
está barrado no baile. O jogo de sábado mostrou um Furacão imobilizado, que
espero tenha tomado um benéfico choque de realidade. No Atlético das capitanias
hereditárias em que cada jogador parece ser dono de um lote, precisamos de
Bandeirantes ousados, fortes, decisivos na procura do ouro do gol.
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