quarta-feira, 18 de maio de 2016

OS DOZE MIL FANÁTICOS DE SEMPRE

Hoje o Coliseu dá lugar ao futebol. Após o espetáculo belíssimo de sábado passado, em que a economia da cidade como um todo pode respirar em meio à crise que nos assola, deixam a cena os lutadores, as luzes giratórias, os anúncios de lutas de deixar Césares boquiabertos, volta o simples esporte inglês, com suas magias e monumentais imprevistos. O jogo em início de noite só acontece por um desses monumentais imprevistos proporcionados pelo jogo da bola. O amigo sabe do apagão que determinou esta segunda partida.

Fala-se em Atlético com força máxima. Nem poderia deixar de ser. O Atlético de ressaca que foi a São Paulo tem que tirar a máscara e mostrar serviço, mesmo contra o pequeno Dom Bosco, tem que injetar um mínimo de ânimo na torcida que do céu foi ao inferno, conheceu suas asperezas e começou a colocar caraminholas na cabeça, mesmo com seu Autuori achando que o “primeiro jogo nada representa”.

Pode não representar mesmo, mas o Atlético jogou zero, foi dominado todo o tempo, por um Palmeiras com bom entrosamento e um menino que resolveu brincar de bola entre nossos zagueiros.

Considero a partida contra o leão cuiabano um treino oficial, a vitória larga obrigatória, o bom futebol uma necessidade. Sem bom futebol, sem movimentação, sem contundência ofensiva, sem apresentações individuais de relevo, mesmo com a passagem de fase assegurada, o torcedor irá para casa se perguntando a cada esquina “o quanto representa o título estadual?”, a dúvida instalada na cabeça, o horizonte nevoento. Tudo o que não pode acontecer em início de campanha, a diferença entre a Magnífica cheia e os doze mil fanáticos de sempre.

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