Hoje o Coliseu dá lugar ao futebol.
Após o espetáculo belíssimo de sábado passado, em que a economia da cidade como
um todo pode respirar em meio à crise que nos assola, deixam a cena os
lutadores, as luzes giratórias, os anúncios de lutas de deixar Césares
boquiabertos, volta o simples esporte inglês, com suas magias e monumentais
imprevistos. O jogo em início de noite só acontece por um desses monumentais imprevistos
proporcionados pelo jogo da bola. O amigo sabe do apagão que determinou esta
segunda partida.
Fala-se em Atlético com força máxima.
Nem poderia deixar de ser. O Atlético de ressaca que foi a São Paulo tem que
tirar a máscara e mostrar serviço, mesmo contra o pequeno Dom Bosco, tem que
injetar um mínimo de ânimo na torcida que do céu foi ao inferno, conheceu suas
asperezas e começou a colocar caraminholas na cabeça, mesmo com seu Autuori
achando que o “primeiro jogo nada representa”.
Pode não representar mesmo, mas o
Atlético jogou zero, foi dominado todo o tempo, por um Palmeiras com bom
entrosamento e um menino que resolveu brincar de bola entre nossos zagueiros.
Considero a partida contra o leão
cuiabano um treino oficial, a vitória larga obrigatória, o bom futebol uma
necessidade. Sem bom futebol, sem movimentação, sem contundência ofensiva, sem
apresentações individuais de relevo, mesmo com a passagem de fase assegurada, o
torcedor irá para casa se perguntando a cada esquina “o quanto representa o
título estadual?”, a dúvida instalada na cabeça, o horizonte nevoento. Tudo o
que não pode acontecer em início de campanha, a diferença entre a Magnífica
cheia e os doze mil fanáticos de sempre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário