Coloco para rodar a gravação do jogo
de domingo e lá está o lance do pênalti assinalado contra o Furacão. Segundo o
Gaciba, autoridade no assunto, nada a marcar, a exemplo do que fez Sua Senhoria
no lance de Nikão, segundo o ex-árbitro também sem merecer a colocação da bola
na marca fatal. Fico com o Gaciba. Um a zero Furacão.
O que mais me maltrata nesta situação
toda é o segundo plano com que o assunto é tratado na mídia nacional, podendo
até virar piada de um momento para outro. O juiz leva teus pontos, sangra teu
time, e tudo é visto com naturalidade, como se o erro da arbitragem fosse algo incorrigível,
nada a fazer, o jeito é esperar que na próxima partida, o gato do dia equilibre
as coisas, cometa algum delito que te favoreça.
Fica aquela tropa de comediantes
fantasiados de comentaristas a trocar gracejos, agarrados aos seus empreguinhos,
velhinhas crochetando em meio ao chá da tarde, motejando sobre o esporte que
lhes garante o pão de cada dia. Com o pessoal de fora já estou acostumado, pior
é a turma da nossa RPC, capaz de nos colocar na forca a cada lance, ver tudo
com olhos estrangeiros, subir no muro com a agilidade do gato que nos maltrata.
O Atlético tem que fazer expediente duro
em defesa do nosso treinador, exigente de melhores arbitragens, de punições aos
árbitros que nos prejudicaram claramente. Não pode passar em branco. Neste
Brasil varonil de propinodutos a céu aberto, só no futebol se acredita que os
erros são unicamente fruto da falha humana, defende-se o árbitro como anjo
caído do céu, um poço de virtudes em meio a pecadores. Se o Batman assistisse
meia hora do futebol nacional, as maracutaias em progresso, sem sombra de
dúvida afirmaria: Santa ingenuidade.
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