sábado, 14 de maio de 2016

MÁRCIAS, TATIANES, MARIAS E ANAS PAULAS

Saí da consulta com Madame Rosa Regina e fui direto para a sala de cirurgia, o comparecimento à final esquecido, a melhor expectativa assistir ao jogo maiúsculo com o corpo espetado por agulhas benfazejas a conduzir o soro, injetar remédios, analgésicos, antibióticos, um horror necessário. 

Escondido sob as cobertas, sem dar mostras do meu coração rubro-negro – quem quer um coxa procurando sua veia em clima de final? –, assisti à magnífica atuação de Walter com ar paranista, louco para sair pelo corredor aos gritos de campeão, carregando tripés lotados de cartuchos plásticos e suas mágicas poções.

Só fui dar aquele sorrisão campeão lá pelo final da noite, quando a reportagem mostrou Walter anunciando sua liberação do regime, aberta a possibilidade para a comilança, no cardápio cinco coxinhas cinco estrelas. A vitória melhorou meu ânimo, facilitou a recuperação, os dias foram passando e pude ouvir pelo rádio a vitória contra o Dom Bosco, que ao amanhecer descobri ter se transformado em doloroso empate. Estou melhorando, nada me desanima.

Agora estou em casa, submerso nos programas esportivos, descobrindo que o Palmeiras é candidato ao título do Brasileiro, pelo menos é o que assegura o nosso Cuca. Já vi este filme quando Cuca estava no Galo e saímos de BH com bela vitória. Vou para o jogo com saúde e fé redobradas. Fico por aqui, confiante no coletivo campeão, afinal, muito da minha melhora veio do trabalho eficiente da enfermagem que me acolheu como filho. Por isso, agradeço a todas as meninas de branco. Meu obrigado a Márcias, Tatianes, Marias e Anas Paulas.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário