Leio, escuto e não acredito. Existe um
pensamento incrustado nas cabeças pétreas de alguns de que o Coritiba já
ganhou. O Atlético é vice contumaz, tem fraco desempenho como visitante, não
ganha no quebradinho, está pressionado para a final. O Coxa, que é vice do
Operário, perdeu do Malucelli e do PSTC fora, aliás, sabe-se lá de quem ganhou
fora, já que em 2015 andou namorando a segunda divisão, joga sem pressão, é
favorito para levar o caneco. Uma insanidade sem tamanho.
Perguntado sobre o assunto, colocadas
as semifinais perdidas pelo Furacão nos últimos anos, muitas delas com o
Sub-23, a melhor resposta foi do armador Nikão. Disse o homem que matou o
goleiro Marcos com um chutaço de fora: “Se você não me dissesse, eu nem sabia”.
Continuou na argumentação, mas não precisava dizer mais nada, já dissera tudo.
Nikão quebrou a coluna do jornalista,
mostrou que o Atlético está focado no jogo, o passado está destinado aos
arquivos, às memórias que não entram em campo, servem apenas para o relato da
história, para o revelar de traços da gente curitibana. Ficamos por aí.
O Atlético vai para o jogo respeitando
o Coritiba, a exemplo do respeito demonstrado contra Londrina e Paraná.
Respeito nada tem a ver com medo de cara feia, com distância das divididas, com
fraqueza no embate corpo a corpo. O Atlético vai para o jogo como o time
histórico que é, premiado pela raça, pela vontade irrefreável de seus
jogadores. É assim o Atlético, e assim
será. Vamos à luta irmão. Olho para o céu matinal, uma barra vermelha no
horizonte contrasta com o negrume da Serra do Mar, e sinto que o dia amanheceu
atleticano.
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