domingo, 1 de maio de 2016

O DIA AMANHECEU ATLETICANO

Leio, escuto e não acredito. Existe um pensamento incrustado nas cabeças pétreas de alguns de que o Coritiba já ganhou. O Atlético é vice contumaz, tem fraco desempenho como visitante, não ganha no quebradinho, está pressionado para a final. O Coxa, que é vice do Operário, perdeu do Malucelli e do PSTC fora, aliás, sabe-se lá de quem ganhou fora, já que em 2015 andou namorando a segunda divisão, joga sem pressão, é favorito para levar o caneco. Uma insanidade sem tamanho.

Perguntado sobre o assunto, colocadas as semifinais perdidas pelo Furacão nos últimos anos, muitas delas com o Sub-23, a melhor resposta foi do armador Nikão. Disse o homem que matou o goleiro Marcos com um chutaço de fora: “Se você não me dissesse, eu nem sabia”. Continuou na argumentação, mas não precisava dizer mais nada, já dissera tudo.

Nikão quebrou a coluna do jornalista, mostrou que o Atlético está focado no jogo, o passado está destinado aos arquivos, às memórias que não entram em campo, servem apenas para o relato da história, para o revelar de traços da gente curitibana. Ficamos por aí.

O Atlético vai para o jogo respeitando o Coritiba, a exemplo do respeito demonstrado contra Londrina e Paraná. Respeito nada tem a ver com medo de cara feia, com distância das divididas, com fraqueza no embate corpo a corpo. O Atlético vai para o jogo como o time histórico que é, premiado pela raça, pela vontade irrefreável de seus jogadores.  É assim o Atlético, e assim será. Vamos à luta irmão. Olho para o céu matinal, uma barra vermelha no horizonte contrasta com o negrume da Serra do Mar, e sinto que o dia amanheceu atleticano.

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