A foto é significativa. Hernani sai
para o abraço dos companheiros após o terceiro gol, atrás dele, mãos na
cintura, olhando para a torcida rubro-negra em delírio, está João Paulo. Se a
imagem tivesse um daqueles balões de gibi saindo da boca do volante coxa,
ex-atleticano, a legenda seria “o que é que eu estou fazendo aqui?” Se alguém
pudesse morrer de saudades, João Paulo já estaria sepultado. Nem vou falar
mais, daqui a pouco dirigente coxa decide demitir o jogador, a exemplo do
acontecido com Nei no Paraná, que culpa tem o profissional de respeitar torcida
que sempre o apoiou, sentir saudades.
A manchete do jornal Metro apresenta grave
erro matemático. Diz ela: “Meia taça na Arena”. Ora irmãos, convenhamos, para
ser gente boa, afinal todos temos amigos coxas e é um dever consolá-los neste
momento de dificuldade tremenda, a manchete matematicamente verdadeira,
assinada por Pitágoras, Tales de Mileto, Euclides, Descartes, seria “Nove
décimos da taça na Magnífica”. Fica um décimo para os acasos do jogo da bola,
só por isso.
Mesmo assim, que ninguém aconselhe o
torcedor coxa a comparecer ao quebradinho. O jogo de domingo mostrou diferença
monumental entre as duas equipes, uma questão de competência que não se perde
do dia para noite, nem se ganha no decorrer da semana. Todos os esforços do seu
Gilson, outro atleticano de coração, deverão se finar no transcorrer dos
minutos e o risco de nova vitória rubro-negra é altíssimo.
Então, amigos coxas, o negócio é
permanecer no recesso do lar, mergulhado no sofá, o controle na mão, começou a
complicar troca de canal, vai assistir ao programa da Eliana, do Faro, a um
filme do tipo “Ela dança, eu danço”, este, para quem acabou de tomar um baile,
talvez seja o melhor programa.
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