segunda-feira, 4 de abril de 2011

ADILSON BATISTA É POUCO

A presença de Adilson Batista na Arena no jogo contra o Cascavel tinha um significado claro. Geninho estava com os dias contados. Ganhou o jogo e prolongou a agonia. Ganhou do Paraná e deixou a turma do troca-troca numa sai justa tremenda. Imagino a reunião que decidiu pela saída do treinador. Se algum honesto estava presente, a frase “vocês também só contratam perna de pau” deve ter surgido em meio à reunião perversa, onde se conspirava em prol do benefício maior do rubro-negro.
Para falar sobre sua saída, temos que lembrar as condições de sua chegada. O presidente resolvera manter o Leandro como interino após a demissão de Sergio Soares, garganteou dizendo que não tinha pressa, que não trataria com técnicos empregados, esperaria um grande profissional para tocar o time a longo prazo.
Lançou umas cortinas de fumaça. Caio Junior, estranhamente agora no Botafogo, o técnico argentino que comandou a seleção do Chile na última Copa, Silas e muitos outros. Não contratou ninguém, até tomar uma goleada no clássico com o Coritiba. Então, no desespero, lançou-se nos braços de Geninho. O presidente Malucelli, homem tranquilo, sereno, uma rocha no comando do Furacão, não resistiu ao clássico.  
E lá veio Geninho, com ele o elogio à torcida, ao grupo, a esperança de que com um pouco de trabalho, psicologia e um bom 352 a coisa andasse. Chegou com a missão de ganhar o segundo turno e disputar a final do campeonato. Chegou arrasado por parte da crônica, que só não xingou a mãe do Eugênio por que o papel, ao contrário do que muitos pensam, não aceita tudo. Geninho não conseguiu cumprir a missão.
Então, alguém avistou um problema no horizonte. Um grande problema. Um Atle-tiba na Baixada e a perspectiva de outra fragorosa derrota. Imaginem os senhores o tsunami com direito a vazamento nuclear que será uma derrota no clássico. Que fazer? A solução encontrada foi de uma criatividade impressionante. Troque-se o técnico por temor antecipado. E assim foi feito.
A tropa de elite resolveu trocar o comandante, botar o novo general em campo e correr a esconder-se na trincheira da incompetência, esperando o estrondo, a grita, já com o novo bode expiatório em plena atividade e a certeza de que tudo foi feito pela mudança de rumos, tomadas todas as atitudes responsáveis cabíveis.
Não estou aqui para defender Geninho. Acho que o time não andou mesmo, muito por que as individualidades do ataque estão abaixo da crítica e nossa defesa careça de urgentes contratações. Muito por que Geninho insistiu em jogadores que não corresponderam minimamente à sua confiança. Muito por que não conhecia o grupo, vacilou, trocou de esquemas, inventou Manoel de lateral, perdeu tempo precioso. Enfim, caiu.
Pena que não caiam com ele o Malucelli, o Ocimar, o Walmor e outros mais que levaram um time do padrão do Atlético ao seu quarto técnico em três meses. Vistam a carapuça senhores e vistam rapidamente. O Atle-tiba que os senhores tanto temem está aí. Se desejam tapar o sol com a peneira, Adilson Batista é pouco.

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