terça-feira, 26 de abril de 2011

O PRESIDENTE COMANDANTE DE EXÉRCITOS

“O comandante dos exércitos é o árbitro do destino do povo, o homem de quem a nação depende para restar em paz ou em perigo”
                                                                                                                             Sun Tzu
Nos tempos do venerável mestre chinês, o comandante dos exércitos era o soberano. Nos dias atuais, as nações têm seus presidentes como comandantes em chefe das forças armadas. No futebol, o presidente do clube é o árbitro do destino da equipe e sua torcida, o soberano da bola.
Um bom soberano, para cumprir suas missões de defesa da Pátria, deve escolher um excelente general. Um bom presidente, para resguardar seu clube do perigo, deve escolher um brilhante treinador, essa a sua principal missão.
Embora a contratação do responsável técnico seja de capital importância na gestão de um presidente, sua atuação não se resumirá a tal tarefa. Ele será base de toda a política de formação, contratação e venda de atletas, de desenvolvimento patrimonial, da criação de fontes de entradas de recursos e do controle de numerosa equipe de trabalho, a qual escolherá a dedo, privilegiando profissionais competentes e atualizados.
O controle de seus assessores presume acompanhamento próximo, verificação de resultados, busca de eficiência no gasto dos sempre reduzidos orçamentos. Como o general perdido em meio à batalha deve ser substituído, o logístico incompetente em fazer chegar os melhores suprimentos à linha de frente sofrerá a mesma sorte.
Os onze jogadores a caminhar decididamente para o centro da arena, sob o comando de treinador de máxima competência, aplaudidos por milhares de torcedores confiantes, serão o produto final observável do esforço de um quadro experiente de profissionais habilmente conduzidos pelo soberano de chuteiras.
O perigo rondará quando o presidente se afastar do controle, permitir a presença de ineficazes, for fraco na administração de conflitos.
A paz será garantida quando o comandante mantiver a infraestrutura do clube em constante aperfeiçoamento, rígido controle das finanças, equipe disputando um máximo de campeonatos, em condições de disputar títulos, ganhar com assiduidade, e mobilizar, a cada ano, uma nova coleção de torcedores.
Para ser completo, o presidente terá que ser carismático, realizador, ter uma ponta de ironia quando se relacionar aos seus adversários, sereno nas entrevistas com a imprensa, tratando-a como organismo a ser usado com eficiência na promoção das coisas da sua instituição, determinado na busca da eficiência de todos aqueles sob seu comando e afastado de extremismos característicos dos de temperamento irascível. O defensor perpétuo pode e deve ser enérgico, mas controlado e justo.
A conquista de título trará consigo a estabilidade da paz. A ausência, contínuo e crescente rumorejar das massas torcedoras. A torcida das grandes equipes não aguenta um longo jejum.

E ENTÃO AMIGO RUBRO-NEGRO!
COMO VOCÊ AVALIA A ADMINISTRAÇÃO DO SENHOR MALUCELLI À FRENTE DO ATLÉTICO?

(O PRESIDENTE COMANDANTE DE EXÉRCITOS é artigo do Capítulo I – O SOBERANO PRESIDENTE – do livro SUN TZU E A ARTE DO FUTEBOL, de autoria de Ivan Monteiro, registrado na Biblioteca Nacional sob número 329.967 – livro 605 – folha 127 –, não publicado e em constante atualização)

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