O Atlético de Adilson Batista e seus três volantes foi bem enquanto o preparo físico aguentou. Atacar, marcar pressão e voltar para defender é coisa para leão bem condicionado. Bastaram dois jogos e Kleberson e Deivid pediram água. Esforçaram-se, cumpriram as determinações do treinador, foram responsáveis pelos bons momentos do rubro-negro, mas caíram em combate.
No início do ano, a cabeça da turma das contratações estava focada em atacantes, e eles vieram. Lucas e Madson foram as estrelas cadentes no Caju, Nieto e Guerron já estavam lá. Tínhamos ainda o menino Marcelo. A defesa que sustentara o time em 2010, teria um possante ataque para ajudar. Nada deu certo, ou deu e o Coritiba deu mais certo, e o Atlético mudou. Voltamos para a defesa.
Vítimas da síndrome do “coxa está melhor”, a rapaziada não entendeu que Adilson é um adorador de volantes e na muda de treinador, mandaram três embora, Clayton, Alê e Vitor. Agora estamos escalando Gabriel, imaginem. Chamam isso de profissionalismo. Para quem assiste e avalia, a gestão do senhor Bolicenho é desastrosa em todos os aspectos, só o senhor Malucelli não vê e continua pagando honorários fabulosos pela caderneta de telefones do ex-paranista. A facilidade para demitir só se revela para treinadores.
Agora, o São Paulo quer nos empurrar Cleber Santana, com salário de apenas 200 mil reais. Paga Malucelli, ajuda o seu amigo Juvenal no momento de dificuldade. Cansei de bastidores. Vamos ao jogo.
O Atlético fez um jogo eficiente durante os trinta primeiros minutos da fase inicial. Jogou na frente, dificultou a saída de bola do Bahia, acumulou jogadores pelas laterais, foi rápido no retorno para a defesa, dominou o jogo. Guerron perdeu gol certo e Rafael Santos fez uma boa finalização. Faltou um jogador dentro da área para concluir o bom trabalho realizado. Alguém devia ocupar o espaço, estar lá para finalizar, algo assim como cruzar e correr para cabecear.
Esse bom momento se foi e o Bahia passou a atacar sobre o setor de Paulinho. O jogo ficou equilibrado e o esquadrão de aço chegou a perder gol certo com o desengonçado Souza. O gol de Guerron, aos 45, só poderia surgir de um contra-ataque. Um belo gol em ótima hora. Adilson poderia acertar a marcação pela esquerda, bloquear a subida de Marcos e fechar o sistema defensivo.
Que nada. Nos dois primeiros minutos, o Bahia perdeu dois gols em cruzamentos da direita. O flanco estava aberto e continuaria aberto por todo o segundo tempo. Alguém vai culpar Paulinho, mas Paulinho não pode marcar três jogadores caindo pelo seu setor. Diz o menino de seis anos com sabedoria: a marcação começa no ataque.
Como não aconteceu e as substituições eram do fundo da panela, o Bahia cresceu e foi empatar no que eu chamo de “chute louco”. É sempre assim. Você vai ganhando de um zero, o outro time vem para cima, força, os riscos aumentam e, de repente, no sufoco, alguém resolve arriscar um chute de fora. Normalmente, vai na gaveta. Foi o que aconteceu. Robston virou de ladinho e a bola foi no cantinho. Fim da pelada.
Resumo da ópera. O elenco do Atlético foi formado para o esquema do Geninho. Nossos jogadores não têm as características solicitadas pelo pensamento do Adilson ou, se têm, estão longe de possuir o preparo físico para cumprir seus papéis. A falta de um atacante fixo é erro grave. O treino contra o Paranavaí é importantíssimo. Adilson tem três dias para mudar.
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