sábado, 2 de abril de 2011

CARTA-CONVITE

Na era da informação, do conhecimento instantâneo, aconteceu se sabe, sou um desinformado. Quando imaginava o processo licitatório para a Arena 2014 já em pleno andamento, as propostas em fase de elaboração pelas empresas, descubro que nem começou.

Pior, discute-se ainda a modalidade a ser utilizada: licitação ou carta-convite? O que era para se inciar em dezembro repousa na caixeta das pendências, o tal do caderno de encargos da FIFA sempre o vilão de nossas dificuldades.

Minha incredulidade se agiganta ao saber que a carta-convite é expediente que acelera os procedimentos burocráticos, permite ao clube aumentar o número de interessados no projeto e, em consequência, receber maior variedade de orçamentos a comparar. Pergunto: só agora se descobriu isso? Mais assustador ainda irmão rubro-negro, todos os escalões do governo concordam com a carta-convite.

Em 2010, depois de meses choramingando, o presidente das chuteiras concordou com a obra. Alguém poderá dizer que foi sábio. Resistiu e ganhou. Teremos uma arena inda mais moderna a baixíssimo custo para o clube. Agora, tropeça para tocar a obra. Até hoje, a estrutura existente tem nos garantido longe dos reclamos da FIFA. Até quando?

JOGO COM O PARANÁ

Assisti o jogo do Paraná com o Botafogo limitado pelas polegadas do meu receptor de TV. Muito pouco para se conhecer um time, suas potencialidades e vulnerabilidades. A chuva de dar pena dos poucos fieis paranistas e a expulsão de Luiz Camargo, ao fim do primeiro tempo, tornaram o jogo único, qualquer análise um tiro no escuro.

O próprio Ricardo Pinto fugiu de julgamento mais apurado, preferiu afirmar que o time mostrou padrão de jogo e atitude, reconheceu a juventude do grupo e afirmou que bons resultados só acontecerão com atuações no limite.

Defender com todos atrás da linha da bola e contra-atacar por meio do lançamento longo para Kelvin na direita me parece ser o padrão de jogo do time do Ricardo. No esquema defensivo montado, pode-se esperar que Luiz Camargo marque Baier individualmente e que os laterais se lancem ao ataque alternadamente. Nada mais. A luta, a pautar a atitude da equipe, é o molho que tornará as coisas mais fáceis ou difíceis para o Atlético.

Gostei de alguém do Paraná? Gostei de Lima, que é lateral e jogou de volante, bate as paradas pela direita, e de Marquinhos, seu substituto.

Qual a vulnerabilidade do Paraná? A bola aérea. O goleiro sai mal, quando alcança a bola soca para o meio da cozinha. Para complicar, o time é muito faltoso pelo lado esquerdo, onde Henrique, Luiz Camargo e Lima fazem a proteção da área. Por ali, o Botafogo conseguiu as penetrações de maior sucesso, inúmeras bolas paradas e escanteios.

Se eu fosse o Geninho escalava Nieto e Lucas, forçava pela direita e ia para a bola aérea. Não sou gênio, nem Geninho. Vamos ver o que o mestre nos reserva.






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