segunda-feira, 4 de abril de 2011

FAZER O QUE É CERTO

Confesso não saber por que um técnico escala jogador e, arriscando o emprego, insiste com ele, mesmo estando claro que sua atuação é uma das causas do péssimo rendimento da equipe. Sou observador cheio de perguntas. Acabado o jogo com o Paraná, dúvida cruel acometia meu pensamento: terá o treinador mais responsabilidade com o atleta, do que com o clube que lhe paga salário milionário?
No caso de Geninho, parece que sim. A prova cabal é a permanência de Robston até os 18 do segundo tempo. Até ali contávamos com apenas 10 em campo. Robston, se um dia jogou, no Furacão está em péssima fase. Geninho deve se achar responsável pela sua contratação, afinal foi seu jogador no Atlético Goianiense, por isso insistir, esperar um grande lance que salve o goiano.
Hoje, todo time ataca com um jogador na intermediária ofensiva, atrás da linha de atacantes, pronto para receber a bola quando o ataque for bloqueado. A ele incumbe virar o jogo, fazer a assistência por sobre a defesa, chutar de fora, começar tudo de novo. O Flu tem Diguinho, o Cruzeiro tem Henrique, o São Paulo tem Rodrigo Souto. É o que eu chamo de pivô ofensivo de circulação da bola. Gostou do nome?
É esse homem que o Atlético não tem e o Coritiba tem no mínimo dois de qualidade, Donizetti e Leo Gago. Dá para entender a diferença de pontuação entre os dois times? No Atlético, Clayton é o único que pode exercer a função. Está sempre no banco.
O caso de Robston não é único. Guerron é outra perda de tempo. Esse deve ter o aval da diretoria, engasgada com a imensa despesa mensal, sem contrapartida no mesmo nível. Guerron é caso grave de falta de produtividade. Geninho sabe, substitui sempre, mas escala sempre. Adailton faz em 15 minutos o que ele não faz em 75.
A vaca atolada, Geninho colocou Nieto e Clayton e foi para o jogo aéreo, forçando pela direita. Por ali conseguiu a assistência para o primeiro gol, a jogada para o segundo, a expulsão do paranista e o contra-ataque para o tento da vitória. Futebol não é tão difícil assim.
Ganhamos do fraco Paraná. Gostei de Renan Rocha, Dalton e Alê. Os nomes do jogo foram Madson e Wagner Diniz. Madson foi incansável e Diniz fez duas assistências, para o 1º e 3º gols, e fez o lançamento para Paulinho no 2º. Está ganhando ritmo, jogando bem. Só falta Rômulo chegar e assumir a posição. Daí tem que pedir para sair.
Geninho demorou, mas fez as substituições necessárias, óbvias.
O árbitro deixou de assinalar um pênalti de Paulo Henrique, toque de braço intencional, e os assistentes prejudicaram as duas equipes. Tudo dentro da normalidade.
Para dar uma ajuda ao Paraná, em consideração aos meus amigos paranistas e em respeito ao nosso goleirão Ricardo Pinto, vou dar um conselho: dá uma chance ao Marquinhos.
Para Geninho não preciso dar conselhos. Ele sabe que Clayton, Nieto e Adailton têm lugar neste time. É só dar prioridade ao seu currículo, ao clube, à torcida e escalar. Fazer o que é certo.


Um comentário:

  1. Muito boa coluna, como sempre.
    Concordo que Robston não mostrou pra que veio.
    Agora o Geninho se foi, teremos os melhores jogadores no time? Assim esperamos... hehehe

    Grande abraço...
    Marco Aurélio

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