quarta-feira, 4 de novembro de 2015

A DURAS PENAS

Os jovens não sabem, ainda estão longe da terceira idade, mas já vou informando, uma das atividades do velho é guardar mesa. Acorda cedo, não tem nada para fazer, então vai logo para o restaurante para guardar mesa, a tropa chega mais tarde. Pois estou cumprindo missão dessa natureza, quando outro grisalho solitário ao meu lado puxa papo, digo que moro na Água Verde e ele vira meu vizinho, mora perto das dependências do Paraná Clube na Kennedy. A Água Verde cresceu. Sinto o cheiro do paranista padrão.

Em dois minutos está falando sobre o tricolor, sobre o clube que tinha um dos maiores patrimônios do Brasil e agora vende parte da sede social onde um dia fui sócio para aproveitar a melhor piscina de Curitiba. Em termos patrimoniais está destruído. Choraminga perdas, chega o meu pessoal, pergunta para que time torço, digo que sou Furacão e ele dispara um olhar de inveja reprimida.

O atleticano pode reclamar do seu presidente, o futebol faz anos anda uma meleca mesmo, impossível, entretanto, deixar de reconhecer o crescimento patrimonial do Furacão. Enquanto Paraná e Coritiba engataram uma ré de 4x4 com fúria, o Atlético atingiu o inimaginável. Então o que faltaria a Petraglia para ganhar a eleição com um pé nas costas?

Fácil. Anunciar amanhã a contratação de um diretor de futebol de nível, avançar desde já os contatos para duas ou três contratações de jogadores de renome, ensaiar o cumprimento da promessa feita. Até agora não vi nenhuma das chapas prometer time. Vão pintar as cadeiras, manter canal aberto com a torcida, administrar o clube por conselho gestor, prometer time ninguém promete. E o amigo sabe por quê? Porque essa é a promessa que leva ao atoleiro, algo que ninguém deve prometer. Essa lição seu Petraglia aprendeu a duras penas.

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