Os jovens
não sabem, ainda estão longe da terceira idade, mas já vou informando, uma das
atividades do velho é guardar mesa. Acorda cedo, não tem nada para fazer, então
vai logo para o restaurante para guardar mesa, a tropa chega mais tarde. Pois
estou cumprindo missão dessa natureza, quando outro grisalho solitário ao meu
lado puxa papo, digo que moro na Água Verde e ele vira meu vizinho, mora perto
das dependências do Paraná Clube na Kennedy. A Água Verde cresceu. Sinto o
cheiro do paranista padrão.
Em dois
minutos está falando sobre o tricolor, sobre o clube que tinha um dos maiores
patrimônios do Brasil e agora vende parte da sede social onde um dia fui sócio
para aproveitar a melhor piscina de Curitiba. Em termos patrimoniais está
destruído. Choraminga perdas, chega o meu pessoal, pergunta para que time torço,
digo que sou Furacão e ele dispara um olhar de inveja reprimida.
O atleticano
pode reclamar do seu presidente, o futebol faz anos anda uma meleca mesmo,
impossível, entretanto, deixar de reconhecer o crescimento patrimonial do
Furacão. Enquanto Paraná e Coritiba engataram uma ré de 4x4 com fúria, o
Atlético atingiu o inimaginável. Então o que faltaria a Petraglia para ganhar a
eleição com um pé nas costas?
Fácil.
Anunciar amanhã a contratação de um diretor de futebol de nível, avançar desde
já os contatos para duas ou três contratações de jogadores de renome, ensaiar o
cumprimento da promessa feita. Até agora não vi nenhuma das chapas prometer
time. Vão pintar as cadeiras, manter canal aberto com a torcida, administrar o
clube por conselho gestor, prometer time ninguém promete. E o amigo sabe por
quê? Porque essa é a promessa que leva ao atoleiro, algo que ninguém deve
prometer. Essa lição seu Petraglia aprendeu a duras penas.
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