Cansado de
perder em todas as instâncias me estiquei na cadeira e fiquei admirando o
espetáculo magnífico das arquibancadas. O jogo dos meninos trouxe esse benefício.
Democrático, a entrada a custo de um quilo de alimento, proporcionou a todos
aqueles que nunca tiveram a oportunidade de entrar na Arena magnífica a brecha
tão esperada, e eles vieram em massa, fardados em vermelho e preto, como
soldados de uma reserva pronta para a luta, sedenta pela luta, até ontem impedida
de exercer seu amor apenas pelo exagerado custo do ingresso estabelecido. Fiquei
maravilhado.
Digo até
ontem porque qualquer daqueles que presenciou o espetáculo extracampo, aí
inclusos os membros das diversas chapas que se engalfinham pelo poder rubro-negro,
terá estimulado o seu raciocínio lógico e estará se perguntando “como até hoje
desdenhamos fatia tão importante de nossos torcedores?”, e mais além, “qual a
melhor forma de incluí-la em nossos planos a partir de 2016?”. Se o jogo não
trouxe esses questionamentos às mentes de nossos candidatos que se afastem do
caminho, vivem outra realidade, que vão dirigir o Barcelona.
Volto à
análise dos objetivos da chapa CAP Gigante e vejo lá em potencialização da
marca a proposta da “interiorização da imagem”. A visão da pulsante Arena
lotada será vetor importante para a interiorização da imagem, o torcedor está
pronto a participar. Sigo e encontro “a conquista de fãs e simpatizantes que
pensem como atleticanos”. Confesso não saber bem o que é isso. Eu trocaria por
transformação de fãs e simpatizantes excluídos em atleticanos de presença e de fé.
Algo menos filosófico, mais prático, mais de acordo com a história rubro-negra.
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