segunda-feira, 30 de novembro de 2015

TEM GENTE QUE ACREDITA

O velho Fla de guerra é confiável ao extremo. Chegou a Curitiba, sentiu aquele friozinho, comeu aquela lasanha na manteiga, tomou aquele vinho bem docinho e já foi entregando, em minutos o Furacão foi fazendo gols, deliciando o belíssimo público que assistiu ao último jogo com grama natural na arena magnífica. Dia de festa, com direito a câmera da dança, câmera do beijo e lá vai modernidade.

Foi um belo jogo, um baile, os jornais cariocas capricharam nas manchetes, a palavra vexame estava em todas elas. Para o atleticano foi bom ver o retorno de Cleberson, a boa partida de Roberto, a desenvoltura de Sidcley. Com o resultado corre-se o risco de se entender o Atlético pronto para 2016, o que é um engano, existe a necessidade de contratações, elas têm que vir se desejarmos lutar por algo além de passear pelo meio da tábua classificatória.

O torcedor quer títulos, esse o principal mote da chapa de oposição na eleição rubro-negra. Infelizmente, promete o que não pode prometer. Título não é de graça. Quantos times foram campeões este ano? O Corinthians, Santos e Palmeiras decidem a Copa do Brasil. E quem mais? Não vou perder tempo com estaduais. Libertadores e Sul-Americana passaram longe.

Mesmo assim vou citar alguns exemplos importantes de quem nada ganhou neste ano. Cruzeiro, Grêmio, São Paulo, Flamengo e Fluminense ficaram longe das faixas. Só para matar a curiosidade dos amigos, o Vasco ganhou o Carioca, o Botafogo a segunda divisão. O amigo sabe onde está o Vasco.

Fico com a ideia de que alguns imaginam que títulos se ganham hoje e amanhã, basta uma vontade e eles caem no colo dos ambiciosos. Que bom que fosse como o Natal, chegasse todo ano, rubro-negro como Papai Noel. Infelizmente não é, nem para o Flamengo. Mesmo assim, tem gente que acredita.

Um comentário:

  1. Prezado Ivan Monteiro, o senhor já demonstrou capacidade aguçada para análise do atual contexto eleitoral do CAP, entretanto, o atual artigo é infeliz e propõe uma comparação absurda e, principalmente, nada estratégica. Eu explico: qual a semelhança entre a governança de um clube de futebol e de um Estado ou uma nação? Nenhuma, pois, seus objetivos e suas lógicas são muito diferentes. O MCP, nosso presidente, já cansou de falar que não papel do clube fazer justiça social, ao contrário esse é o papel do governo, ou seja, corrigir as desigualdades sociais. Todos os governos almejam alcançar essa meta, a diferença é que um governo liberal propõe resolver o problema através do mercado. Aliás, essa foi a fórmula usada no Brasil durante 500 anos e o resultado foi transformar o país no campeão mundial da desigualdade. Um governo social-democrata (ou de esquerda se preferirem) como o do PT adotou o princípio e que o Estado tem um papel fundamental na correção dessas desigualdades usando com vigor políticas de renda mínima adotadas em países como: França, Alemanha, Suécia, Inglaterra, Noruega, Dinamarca etc.; desde meados do século passado. Essa política gerou avanços surpreendentes inclusive tirando o país do mapa da fome. Claro que isto instigou o rancor de uma elite acostumada ao luxo exclusivo e à exploração do trabalho barato os mais pobres. Se existe uma comparação possível é que a crise internacional afetou o governo do PT tanto quanto afetou o projeto CAPGIGANTE. Mas, a questão central é: em que esse tipo de comparação une os apoiadores do projeto CAPGIGANTE? E a resposta é: em nada! Pois, se eu apoio o projeto do PT, ainda que erros possam ter sido cometidos, como em todos os governos, eu não posso apoiar o CAPGIGANTE? Tenho então que me bandear para o lado da oposição? Que absurdo! Fique evidente aí o erro estratégico da análise, pois, ela não contribui com nossa união, mas, com a divisão. Por que não comparar a gestão competente do CAP com a governança incompetente de outros clubes? Os exemplos estão aqui na nossa cidade. Pontos fundamentais de comparação saltam aos olhos: 1. Má gestão do patrimônio com perda significativa dos bens (Paraná Clube); 2. Aglutinação irracional em torno da ideia de ‘oposição pela oposição’, sem princípios ou projetos, somada à proposta de gestão colegiada, resultado: desagregação e luta contínua para não cair para segunda divisão do brasileiro (Coxa). Em alguns momentos acho que o diagnóstico de que a eleição está fácil para nós da situação e de que nós só poderemos perder para nós mesmos, dada a incompetência da oposição, está, efetivamente, nos levando a fazer alguns gols contra. Vamos mirar no gol do adversário e garantir o futuro brilhante para o nosso CAP. Espero que o senhor volte às suas análises perspicazes e pertinentes, superando este deslize. Esta é a minha modesta opinião. SRN - unidos rumo à vitória CAPGIGANTE.

    ResponderExcluir