Estou
rebuscando comentários aos meus textos e encontro em “História Rubro-Negra” o
inevitável “Desculpe a pergunta Ivan Monteiro, mas em quem você vota?”,
identificado por amiga que definitivamente não deveria ter essa dúvida. Essa a
pergunta cada vez mais frequente, tenho deixado a dúvida pairar sobre o meu
voto, vamos acabar logo com o dilema na cabeça dos meus leitores.
E vamos
acabar já no segundo parágrafo. Sou conselheiro do Atlético. Na minha cabeça primitiva,
aquela dos juramentos de sangue, do tudo pela pátria, para virar oposição meu
primeiro passo seria pedir afastamento do conselho, deixar claro o porquê do
meu ato, só então trocar de bandeira, sujeitar-me a nova liderança. Se isso não
fiz, meu voto é Petraglia. Pronto. Podia parar por aqui.
Mas ainda
tenho que explicar a aparente incoerência dos meus textos com a clara opção que
faço. Acontece que a mesma cabeça primitiva foi acostumada aos longos trabalhos
de estado-maior, à discussão dos temas à exaustão, a colocação dos pontos de
vista sem medos, para que os detentores do poder da decisão pudessem escolher a
melhor linha de ação, sabedores de todos os aspectos positivos e negativos que
dela advirão. No meu caso opinar, mostrar evidências, o que penso é
simplesmente um dever de formação. Visa o melhor.
Explicados
esses dois aspectos fundamentais, devo ir mais além. Nos quatro anos de
conselho pude acompanhar o duro trabalho realizado para a construção da Arena.
Ninguém pense que foi fácil, exigiu uma barbaridade, houve momentos em que o
barco esteve para naufragar, balançou, pererecou e chegou ao porto de forma
triunfante. É óbvio que a robustez do trabalho de Petraglia conduziu a esse
destino. É inegável. Que ninguém venha a desconsiderar esse fato, achá-lo menor.
Quando à frente da Arena magnífica se observa uma praça que a prefeitura não
consegue terminar, com todos os seus poderes, tem-se materializada nitidamente
a capacidade de realização de Petraglia, a sorte que tivemos em tê-lo à frente do
Atlético em momento tão importante.
Ultrapassando
limites, digo que nada me fascina na principal chapa de oposição. Um empresário
do esporte que largou companheiros em meio ao caminho, raposa num galinheiro de
luxo, um jogador que virou alemão em meio à sua história, olha de novo a minha
cabeça primitiva atuando, enfim, uma camisa difícil de vestir.
Por isso
tudo amigos, meu voto é CAP Gigante. É bom deixar claro que declarando meu voto
não ganho um segundo da simpatia de Petraglia, um tostão cai na minha conta,
não tenho direito a entrar no CT sem pedir permissão, adentrar na arena sem
pagar meu boleto. Simples, honesto, de coração, como coisa de soldado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário