quarta-feira, 16 de maio de 2012

BALANÇAMOS O FELIPÃO


A provável escalação do Atlético contra o Palmeiras traz de volta os três atacantes. Guerrón, Bruno Mineiro e Edigar Junio treinaram e podem jogar. É uma ótima notícia. Respirar o ataque me faz bem.

Treinadores normais são sempre imprevisíveis, imagine o nosso Don Juan. Pensei que contra o Coritiba na final, os três atacantes estariam presentes, podendo ser substituídos por outros atacantes, mas mantendo-se as três adagas no pescoço coxa. 

A linha de jogadores para o Hino, para mim, foi um balde de água fria. Três volantes me lembram Adilson Batista, origem do maior dos nossos desastres. Não gosto do esquema. É muito trabalho duro para pouco resultado. Quase deu certo.

Tivéssemos vencido nas penalidades, alguém poderia dizer que o empate foi fruto do esquema, três volantes nos teriam dado um campeonato. O troféu cria heróis do dia para a noite.

Disse que não gosto do esquema, não que estou certo, que os jogadores são limitados, que o técnico errou ao mudar a cara da equipe. A minha escalação poderia ter nos rendido outro desastre. Quem sabe? O time fez um bom primeiro tempo. Faltou o gol.

Faltaram também a velocidade e a jogada vertical. Contra um time estacionado na defesa, o Atlético ficou na marcação. Guerrón parado na frente do lateral não é o mesmo equatoriano que dribla em movimento, partindo prá cima, obrigando o adversário à falta desclassificatória. A falta do centroavante facilita as coberturas, anula as jogadas de ultrapassagem com o pivô, os volantes adversários tem maior facilidade para ler o jogo e marcar com presteza.

Já é quarta-feira e eu continuo chorando o domingo? Nem pensar.

Só vejo muitas semelhanças entre o Coritiba e o Palmeiras do Felipão, por natureza um time muito defensivo, com rápida recomposição ataque-defesa e coberturas muito eficientes. Sem grandes estrelas, mas carregado de operários.

Por isso, fico animado com Guerrón, Bruno e Edigar. Podiam ser Guerrón, Edigar e Ricardinho. A presença de Ligüera acelera o ritmo e pode colocar esses atacantes em vantagem sobre seus marcadores. Bastará então a ousadia para agredir e marcar.

Com a cabeça no ataque estou esquecendo o não sofrer gols fundamental. Já vi o Atlético estar ganhando de três a zero do Corinthians e levar dois nos minutos finais. Foi-se a vantagem.

O Rubro-negro amadureceu no comando de Don Juan. Vai jogar de mano com o Palmeiras, podendo soprar a brasa da crise que sempre ronda a italianada do Palestra. Já tiramos o emprego do Mancini. Uma boa vitória hoje e balançamos o Felipão.

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