Em
entrevista ao jornal Gazeta do Povo, o presidente do Coritiba Vilson Andrade, respondendo
a declarações contidas em nota oficial emitida pelo Atlético Paranaense sob o
título “Vítimas e Vilões”, onde foi classificado de traidor, declarou:
“... Mas ele nunca fez esta proposta. E
depois, não só ele não o fez, como o Hélio Cury, acompanhado do Domingos
Moro, estiveram na CBF solicitando que ela interferisse...”
O advogado Domingos Moro, citado no texto, foi enfático sobre a
afirmação do doutor Andrade:
“A resposta
dada, se realmente foi a proferida pelo digno entrevistado, NÃO É VERDADEIRA”
Em seguida, assinala o Advogado com ações nacionalmente reconhecidas na área do Direito
Desportivo:
“Ouvi
do Vilson que a afirmação publicada na Gazeta Do Povo NÃO FOI POR ELE DITA”
A coluna, disponível no site ParanáOnLine, é longa
e revela o conteúdo da conversa telefônica entre o presidente e o Advogado. Em
meio ao tricô, o parágrafo mais importante:
“Então
disse ao presidente Vilson que esperava sua retratação perante o veículo de
comunicação, de forma a que fosse tornado público o desmentido. Ele me prometeu
que faria expediente à GAZETA DO POVO na tarde de hoje. Aguardo o cumprimento
da palavra empenhada e do compromisso assumido”
Em meio a
essa conversa de personagens tão ilustres, vou meter minha humilde colher.
É quase
impossível que jornalista tenha incluído o nome de Domingos Moro no texto da
entrevista. Só se for maluco. Se não for crime, é, no mínimo, caso de demissão.
Se o
Advogado exige do presidente sua “retratação perante o
veículo de comunicação”, então, entendeu que o
doutor Vilson disse. Isto é, mentiu, ao dizer que não disse. Mentiu duas vezes.
Perdeu o rumo.
O
presidente reage como criança pega fazendo peraltice frente à mãe com o chinelo
na mão. Para os anti-palmadas, o chinelo é daqueles bem fofinhos.
Faz muito
tempo que não compro um jornal impresso. A Tribuna tinha ótimo espaço dedicado
ao torcedor, desaparecido com a necessidade de noticiar times de Rio e São
Paulo. Com ele desapareceu meu interesse pelo papel.
Hoje, ali pelas nove horas,
quando o sol aparecer, vou fazer meu retorno triunfal à banca, vou comprar a
Gazeta, procurar a retratação do presidente coxa. Depois de ler e reler, e
procurar entender, vou aconselhar ao Domingos voltar à infância e fazer a
pergunta pega-mentiroso ao Vilsinho encabulado: jura pela mãe morta atrás da
porta?
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