O Atlético,
que cozinhou o Joinvile em banho-maria, vai a Barueri enfrentar um Palmeiras com
pressão máxima. Marcos Assunção já afirmou que em caso de desclassificação a
cobrança pode ficar insuportável. Fala-se até que o verdão teria aumentado de
dois para quinze mil reais o bicho para a passagem de fase.
As turmas
do limão e do amendoim estão buzinando no ouvido do Felipão. O empate com a
Portuguesa acendeu a luz vermelha. O técnico gaúcho que reclamou do desafino
das vaias e recomendou mais treinamento à “porcada”, já sinalizou que não deve
renovar com o Palestra.
Frente a
esse cenário, Don Juan pode esperar jogo de alta intensidade. Terá que se
cuidar com a bola aérea, os chutes de fora e as faltas forçadas na entrada da
área. São as armas a serem usadas pelo Palmeiras.
Todas
essas ações terão mais força se o Atlético permitir que volantes e defensores palmeirenses
ultrapassem a linha do meio campo.
O 442 com
três volantes tem a particularidade de atrair o adversário. Um risco. O
entrosamento da defesa pode transformar o perigo em benefício. O futebol atual
tem dado exemplos de que defesas muito bem armadas, articuladas a contragolpes
eficientes ganham campeonatos.
Resta
saber se Deivid, Alan Bahia e Zezinho, auxiliados por Ligüera e Edigar,
conseguirão fechar a frente da área rubro-negra sem faltas em excesso. Se os
laterais evitarão cruzamentos e escanteios. Se Ligüera, Edigar e Bruno Mineiro
conseguirão contra-atacar com objetividade.
As
ausências de Daniel Carvalho e Hernán Barcos podem facilitar o trabalho
defensivo. Uma bem possível ansiedade palmeirense, uma busca excessiva pelo
ataque pode abrir as portas do gol de Deola.
O
desenvolvimento do jogo conduzirá o plano tático. O placar fechado reforçará a
intenção de defender e contra-atacar. Um gol do Palmeiras levará ao jogo
aberto, à busca da virada ou do empate por muitos gols.
O segredo
estará na composição do banco de reservas. O Atlético tem elenco para realizar
as duas ações táticas, atacar e defender, em boas condições. Entrar no jogo a
cem por hora e adequar-se com acerto às circunstâncias nos levará à semifinal.
O Atlético pode começar com
a tração ligada e conforme o andar da carruagem soltar os cavalinhos e ir ao
ataque para o tudo ou nada. Essa é apenas uma possibilidade. Tudo vai depender
da cabeça de Don Juan. Jogo para muitas emoções.
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