Eu avisei
que era para confiar.
O retorno
do Atlético à série B teve jeito de jogo treino. Venceu com sobras adversário
motivado pela conquista do título da C em 2011, ótimo desempenho no
Catarinense, empurrado pelo ânimo bem-criado da sua torcida.
O Joinvile
teve bons momentos na partida, principalmente nas bolas aéreas. A defesa tem
que se cuidar. Podia ter aberto o placar logo nos primeiros minutos, não o fez
e foi vencido sem opor maior resistência.
A numerosa
torcida do Atlético, que foi comer pato recheado em Santa Catarina e aproveitou
para conhecer a arena barriga-verde, foi premiada com os quatro gols que
definiram a goleada.
Os gols
têm que ser analisados dois a dois. Os dois primeiros tiveram origem na bola
parada de Paulo Baier, algo que estava meio ausente nos últimos tempos. Uma
falta para Bruno Mineiro cabecear, um escanteio para Manoel finalizar das
alturas. Dois a zero para dar tranquilidade em começo de campanha.
Um pênalti
– jurei não falar mal da arbitragem neste Brasileiro – e o Joinvile diminuiu no
início do segundo tempo.
Aí veio o
segundo casal de gols. Bruno Mineiro passa a Ligüera na intermediária ofensiva,
o uruguaio dá grande passe para Baier entrando pela direita, daí a assistência
para Fernandão fazer o primeiro com a camisa do Furacão. Ligüera foge da
marcação pela direita do ataque, passa a Bruno Mineiro que, em grande
assistência de cabeça, deixa Renan Teixeira livre para marcar.
Por que
estou descrevendo para o amigo os gols que ele já cansou de ver? Porque é
necessário afirmar e reafirmar a variedade de jogadas ofensivas constantes do
cardápio Rubro-negro. Isso não cai do céu, é fruto do trabalho diário, da
disposição dos jogadores em servir o companheiro, atender ao conselho do
treinador.
Já
elogiei, agora vou fazer minha crítica. Acho que com Fernandão e Bruno
Mineiro no ataque, o time perde a velocidade que é seu forte quando tem
Ricardinho/Edigar e Guerrón pelos lados do campo.
O amigo
vai dizer que Fernandão puxa a marcação e facilita para outros cabeceadores na
bola parada. É bem possível. Pode apresentar os dois primeiros gols como prova
e vou ter que aceitar. Tudo é uma questão de preferência, de momento, de como o
adversário se revela. O Joinvile é um, o Palmeiras é outro. Eu prefiro o jogo
veloz pelos lados.
Além de
revelar a eficiência coletiva atleticana, o jogo serviu para demonstrar, mais
uma vez, a apurada técnica individual de Paulo Baier e Ligüera, e a qualidade
do cabeceio de Bruno Mineiro. Velho amigo vai me colocar no paredão por
enxergar virtude em Bruno Mineiro. Que é que eu posso fazer?
Posso
continuar a dizer ao amigo que confie. Mesmo com meu juízo crítico posto em
dúvida, com incertezas abafadas no peito, acho que estamos no caminho certo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário