segunda-feira, 21 de maio de 2012

CAMINHO CERTO


Eu avisei que era para confiar.

O retorno do Atlético à série B teve jeito de jogo treino. Venceu com sobras adversário motivado pela conquista do título da C em 2011, ótimo desempenho no Catarinense, empurrado pelo ânimo bem-criado da sua torcida. 

O Joinvile teve bons momentos na partida, principalmente nas bolas aéreas. A defesa tem que se cuidar. Podia ter aberto o placar logo nos primeiros minutos, não o fez e foi vencido sem opor maior resistência.

A numerosa torcida do Atlético, que foi comer pato recheado em Santa Catarina e aproveitou para conhecer a arena barriga-verde, foi premiada com os quatro gols que definiram a goleada.

Os gols têm que ser analisados dois a dois. Os dois primeiros tiveram origem na bola parada de Paulo Baier, algo que estava meio ausente nos últimos tempos. Uma falta para Bruno Mineiro cabecear, um escanteio para Manoel finalizar das alturas. Dois a zero para dar tranquilidade em começo de campanha.

Um pênalti – jurei não falar mal da arbitragem neste Brasileiro – e o Joinvile diminuiu no início do segundo tempo.

Aí veio o segundo casal de gols. Bruno Mineiro passa a Ligüera na intermediária ofensiva, o uruguaio dá grande passe para Baier entrando pela direita, daí a assistência para Fernandão fazer o primeiro com a camisa do Furacão. Ligüera foge da marcação pela direita do ataque, passa a Bruno Mineiro que, em grande assistência de cabeça, deixa Renan Teixeira livre para marcar.

Por que estou descrevendo para o amigo os gols que ele já cansou de ver? Porque é necessário afirmar e reafirmar a variedade de jogadas ofensivas constantes do cardápio Rubro-negro. Isso não cai do céu, é fruto do trabalho diário, da disposição dos jogadores em servir o companheiro, atender ao conselho do treinador.

Já elogiei, agora vou fazer minha crítica. Acho que com Fernandão e Bruno Mineiro no ataque, o time perde a velocidade que é seu forte quando tem Ricardinho/Edigar e Guerrón pelos lados do campo.

O amigo vai dizer que Fernandão puxa a marcação e facilita para outros cabeceadores na bola parada. É bem possível. Pode apresentar os dois primeiros gols como prova e vou ter que aceitar. Tudo é uma questão de preferência, de momento, de como o adversário se revela. O Joinvile é um, o Palmeiras é outro. Eu prefiro o jogo veloz pelos lados.

Além de revelar a eficiência coletiva atleticana, o jogo serviu para demonstrar, mais uma vez, a apurada técnica individual de Paulo Baier e Ligüera, e a qualidade do cabeceio de Bruno Mineiro. Velho amigo vai me colocar no paredão por enxergar virtude em Bruno Mineiro. Que é que eu posso fazer?

Posso continuar a dizer ao amigo que confie. Mesmo com meu juízo crítico posto em dúvida, com incertezas abafadas no peito, acho que estamos no caminho certo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário