terça-feira, 22 de maio de 2012

A MELHOR DAS SAÍDAS


De olho no programa esportivo me deparo com as repercussões da final da Champions League vencida pelo Drogba. O assunto passa para a organização do campeonato alemão, campos lotados, o campeão Borussia Dortmund com média de 80.000 expectadores a cada jogo.

Com os times com ações na bolsa, apenas três tem dono, a Bayer e a Volkswagen são os proprietários, a fiscalização é dura, impossível o time deficitário. Bem parecido com o futebol nacional.

Para dar um exemplo caseiro, a última notícia afirma que o Coritiba Foot Ball Club deve 114 milhões. Certidões Positivas de Débitos Trabalhistas certificam que o mesmo Coritiba consta do Banco Nacional de Devedores Trabalhistas em face do inadimplemento de obrigações em 30 processos.
A Dona Angela Merkel non gostarrr desse Corrritiba.
Sobre a possibilidade da compra de equipes por xeiques, sultões e milionários russos, a exemplo do futebol inglês, a negativa é definitiva. Por quê? Porque pode ser muito bom para a equipe a receber fortunas do endinheirado, mas é muito ruim para o campeonato. O coletivo está acima do individual. Bem parecido com o futebol paranaense.

A nota “Vítimas e Vilões”, publicada no site do Atlético, mostra o baixo nível com que a diretoria do Coritiba Foot Ball Club conduziu as negociações sobre o empréstimo do Estádio Couto Pereira para o Rubro-negro durante o período de obras para a construção da Arena Copa do Mundo.

As acusações são surpreendentes e devem, obviamente, ser respondidas pela diretoria alviverde, por certo com as sempre indignadas ações judiciais.

Vejo o torcedor coxa apaixonado pelo senhor Vilson Andrade. Vitórias em campo cegam o fanático para os outros aspectos da administração do seu clube.

Com a dívida ultrapassando os cem milhões, o oficial de justiça batendo na porta, os principais atletas negociados, o time uma filial do Avaí rebaixado, as acusações de Petraglia colocando à mostra falta absoluta de cumprimento de compromissos assumidos, o torcedor coxa vive da conquista do campeonato Paranaense e de miragens alimentadas pela mídia, a principal delas a tal arena alviverde.

O conselheiro do Coritiba deveria ter outro olhar sobre a atual situação do seu “club”. Seria conveniente exigir de seus dirigentes atitude mais responsáveis, principalmente com relação aos acordos firmados pela instituição Coritiba. Se os financeiros são quase incontornáveis, os morais deveriam ser cuidados com maior atenção e firmeza. Uma certa dose de sangue germânico nessas coxas-brancas seria muito bem-vinda. 

A CBF acaba de definir a Vila Capanema para os jogos do Atlético no Brasileiro. O episódio serviu para mostrar o individualismo constrangedor com que a diretoria coritibana trata o futebol da capital do Estado. E pensar que um dia o Petraglia imaginou a Arena Atletiba.
Com a dívida em crescimento, a justiça de olho no patrimônio, a fábrica de sonhos a todo vapor, a diretoria questionada em sua capacidade de cumprir acordos, a venda para um multimilionário russo pode ser, para o “mais vitorioso do mundo”, a melhor das saídas.

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