De olho no
programa esportivo me deparo com as repercussões da final da Champions League
vencida pelo Drogba. O assunto passa para a organização do campeonato alemão,
campos lotados, o campeão Borussia Dortmund com média de 80.000 expectadores a
cada jogo.
Com os
times com ações na bolsa, apenas três tem dono, a Bayer e a Volkswagen são os
proprietários, a fiscalização é dura, impossível o time deficitário. Bem
parecido com o futebol nacional.
Para dar
um exemplo caseiro, a última notícia afirma que o Coritiba Foot Ball Club deve
114 milhões. Certidões Positivas de Débitos Trabalhistas certificam que o mesmo
Coritiba consta do Banco Nacional de Devedores Trabalhistas em face do
inadimplemento de obrigações em 30 processos.
A Dona Angela Merkel non gostarrr
desse Corrritiba.
Sobre a
possibilidade da compra de equipes por xeiques, sultões e milionários russos, a
exemplo do futebol inglês, a negativa é definitiva. Por quê? Porque pode ser
muito bom para a equipe a receber fortunas do endinheirado, mas é muito ruim
para o campeonato. O coletivo está acima do individual. Bem parecido com o
futebol paranaense.
A nota
“Vítimas e Vilões”, publicada no site do Atlético, mostra o baixo nível com que
a diretoria do Coritiba Foot Ball Club conduziu as negociações sobre o
empréstimo do Estádio Couto Pereira para o Rubro-negro durante o período de
obras para a construção da Arena Copa do Mundo.
As
acusações são surpreendentes e devem, obviamente, ser respondidas pela
diretoria alviverde, por certo com as sempre indignadas ações judiciais.
Vejo o
torcedor coxa apaixonado pelo senhor Vilson Andrade. Vitórias em campo cegam o fanático
para os outros aspectos da administração do seu clube.
Com a
dívida ultrapassando os cem milhões, o oficial de justiça batendo na porta, os
principais atletas negociados, o time uma filial do Avaí rebaixado, as
acusações de Petraglia colocando à mostra falta absoluta de cumprimento de
compromissos assumidos, o torcedor coxa vive da conquista do campeonato
Paranaense e de miragens alimentadas pela mídia, a principal delas a tal arena
alviverde.
O
conselheiro do Coritiba deveria ter outro olhar sobre a atual situação do seu
“club”. Seria conveniente exigir de seus dirigentes atitude mais responsáveis,
principalmente com relação aos acordos firmados pela instituição Coritiba. Se
os financeiros são quase incontornáveis, os morais deveriam ser cuidados com
maior atenção e firmeza. Uma certa dose de sangue germânico nessas
coxas-brancas seria muito bem-vinda.
A CBF
acaba de definir a Vila Capanema para os jogos do Atlético no Brasileiro. O
episódio serviu para mostrar o individualismo constrangedor com que a diretoria
coritibana trata o futebol da capital do Estado. E pensar que um dia o
Petraglia imaginou a Arena Atletiba.
Com a dívida em
crescimento, a justiça de olho no patrimônio, a fábrica de sonhos a todo vapor,
a diretoria questionada em sua capacidade de cumprir acordos, a venda para um
multimilionário russo pode ser, para o “mais vitorioso do mundo”, a melhor das
saídas.
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