segunda-feira, 14 de maio de 2012

CAMPÕES NACIONAIS


A bola bateu na trave e entrou. Coritiba campeão. Para atleticano como eu, com anos de arquibancada, se depender de sorte contra o Coritiba, o Atlético pode colocar a viola no saco. Se a nossa grandeza depende de ganhar do coxa, se isso de algum modo nos incomoda,  o caminho é a competência, o crescimento sólido e contínuo. Precisamos transcender os limites da província castradora, atingir níveis superiores.

A imprensa vai enaltecer o trabalho vitorioso do adversário. Ao vencedor as goiabas.

Só não pode criar fôlego para procurar culpados no lado rubro-negro, aproveitar-se do momento para atacar diretores, criticar treinador, lançar Guerrón ao fogo do inferno. Se assim o fizer, estará sendo leviana.

O Atlético está trilhando caminho dos mais corretos. Com treinador uruguaio montou time à base de retornos, pratas da casa e poucas contratações. Com essa equipe, jogou as duas partidas da final em igualdade de condições, só não venceu a primeira por clara interferência externa. Perdeu o campeonato nas penalidades. Acontece.

Quarta-feira, jogará contra o Palmeiras, na Vila CAPanema, 19:30 horas, a classificação para a semifinal da Copa do Brasil. A vitória é real possibilidade. Sábado uma carreata estará acompanhando o time para Joinvile, início da caminhada de volta à primeira divisão. Estamos mais do que vivos.

No último dia 10, em debate público promovido pelo Comitê Local de Mobilização Jogos Limpos, com menos de 40 participantes, a senhora Alzira Angeli, chefe da Controladoria Regional da União no Estado do Paraná, lamentou: “É frustrante o fato de que não se consegue a mobilização necessária. É uma falha da sociedade. Essa sala deveria estar cheia de pessoas interessadas em questionar”.  

Dona Alzira parece desconhecer que pessoas são interessadas em empregos, em melhorias urbanas, em crescimento profissional. O desejo de progredir em todos os níveis é inerente ao ser humano, nunca uma falha da sociedade, daí a distância do seu projeto. Atuar como defensor do recurso público é dever da autoridade, mas tudo poderia ser feito sem empatar o andamento da obra.

Como esse é o objetivo, a Arena demora. Demora, mas, mesmo ali, continuamos vivos.

O atleticano lê, quer acreditar no que escrevo, mas a derrota o desanima.

Amigo, não é hora para desânimos, momento para procurar culpados, usar sem freios tacapes que lhe colocam nas mãos ingênuas.
É hora de união, de empurrar o Atlético em todas as instâncias. Pênalti já perdemos até em final da Libertadores. Esse eu lamento todos os dias. Quero voltar àquela final, disputar o título que é do meu tamanho. O caminho para o sonho passa pelo verdão verdadeiro, quarta-feira. Vamos, o sofrer é motor da evolução.  Daqui a seis rodadas seremos campeões nacionais.

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