A bola bateu
na trave e entrou. Coritiba campeão. Para atleticano como eu, com anos de
arquibancada, se depender de sorte contra o Coritiba, o Atlético pode colocar a
viola no saco. Se a nossa grandeza depende de ganhar do coxa, se isso de algum
modo nos incomoda, o caminho é a
competência, o crescimento sólido e contínuo. Precisamos transcender os limites
da província castradora, atingir níveis superiores.
A imprensa
vai enaltecer o trabalho vitorioso do adversário. Ao vencedor as goiabas.
Só não pode
criar fôlego para procurar culpados no lado rubro-negro, aproveitar-se do momento
para atacar diretores, criticar treinador, lançar Guerrón ao fogo do inferno.
Se assim o fizer, estará sendo leviana.
O Atlético
está trilhando caminho dos mais corretos. Com treinador uruguaio montou time à
base de retornos, pratas da casa e poucas contratações. Com essa equipe, jogou
as duas partidas da final em igualdade de condições, só não venceu a primeira
por clara interferência externa. Perdeu o campeonato nas penalidades. Acontece.
Quarta-feira,
jogará contra o Palmeiras, na Vila CAPanema, 19:30 horas, a classificação para
a semifinal da Copa do Brasil. A vitória é real possibilidade. Sábado uma
carreata estará acompanhando o time para Joinvile, início da caminhada de volta
à primeira divisão. Estamos mais do que vivos.
No último dia
10, em debate público promovido pelo Comitê Local de Mobilização Jogos Limpos,
com menos de 40 participantes, a senhora Alzira Angeli, chefe da Controladoria Regional da União no Estado
do Paraná, lamentou: “É frustrante o fato de que não se consegue a
mobilização necessária. É uma falha da sociedade. Essa sala deveria estar cheia
de pessoas interessadas em questionar”.
Dona Alzira parece desconhecer
que pessoas são interessadas em empregos, em melhorias urbanas, em crescimento
profissional. O desejo de progredir em todos os níveis é inerente ao ser
humano, nunca uma falha da sociedade, daí a distância do seu projeto. Atuar
como defensor do recurso público é dever da autoridade, mas tudo poderia ser
feito sem empatar o andamento da obra.
Como esse é o objetivo, a Arena
demora. Demora, mas, mesmo ali, continuamos vivos.
O atleticano lê, quer acreditar
no que escrevo, mas a derrota o desanima.
Amigo, não é hora para desânimos,
momento para procurar culpados, usar sem freios tacapes que lhe colocam nas
mãos ingênuas.
É hora de união, de empurrar o Atlético em todas
as instâncias. Pênalti já perdemos até em final da Libertadores. Esse eu
lamento todos os dias. Quero voltar àquela final, disputar o título que é do
meu tamanho. O caminho para o sonho passa pelo verdão verdadeiro, quarta-feira.
Vamos, o sofrer é motor da evolução.
Daqui a seis rodadas seremos campeões nacionais.
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