Atlético e Coritiba empataram. Quem ganhar domingo próximo é o
campeão paranaense. O atleticano pode achar que ficou fácil para o Coritiba. Só
se acreditar que torcida ganha jogo, o que é um mito, o jogo se ganha no campo,
e, no campo, ficou claro que o alviverde não é superior a um rubro-negro
desfalcado.
A partida foi definida por falhas tremendas das duas defesas.
O Coritiba contou com o auxílio de Bruno Costa nos dois gols.
Tomou um drible no meio do campo – o que esse abençoado foi fazer lá no meio da
rua? –, Manoel e Héracles recuaram sem dar combate, lance muito parecido com o
segundo gol coxa no clássico passado, o chute saiu fraco, rasteiro e colocado.
No segundo, o zagueirão carimbou o adversário, a bola sobrou para o passe e o
chute fraco, rasteiro e colocado. Terá o coxa descoberto que a vulnerabilidade
de Vinícius é a bola rasteira?
O Atlético contou com a ruindade cinco estrelas do zagueiro
Demerson e o peito de aço do goleiro do time das bitocas. Esquecesse eu a luta
de Ligüera em ambos os gols, cometeria falha indesculpável. Ligüera foi o melhor
jogador rubro-negro. Enquanto esteve em campo, vencíamos.
O Furacão foi mais contundente os noventa minutos. Com um time
de meninos, teve mais chances de gol, carimbou a trave no chutaço de Taiberson,
perdeu chance clara com Furlán no princípio do jogo, teve pênalti não marcado
sobre Zezinho.
Evandro Rogério Roman deu a vitória ao Coritiba sobre o Londrina
no returno. Anulou dois gols do Tubarão, um deles em que Vanderlei conseguiu
jogar a bola para dentro das próprias redes. O goleiro coxa está em fase de dar
dó.
Entrou na final para não dar amarelos, era o seu critério.
Deixou de expulsar Lincoln no princípio da partida em entrada criminosa sobre
Furlan. Não queria apitar, tendo que cumprir tabela, levou o jogo em banho-maria.
Ao acomodar foi omisso e prejudicou o Atlético. Petrglia deve insistir na arbitragem
de fora.
A necessidade de resguardar Ligüera para o jogo de quarta contra
o Cruzeiro trouxe dificuldades para o Atlético. As substituições de Don Juan facilitaram
o avanço coxa, a aproximação da área, o erro e o gol de empate. Ficassem
Ricardinho e Ligüera mais dez minutos em campo, poderíamos ter vencido. Achei as
substituições necessárias, mas prematuras.
Don Juan não gostou do empate, atleticanos e coxas não deveriam
gostar. Jogos têm que ser ganhos. Tivesse ganhado o Coritiba, teria grande
vantagem, poderia trocar passes, desgastar o Atlético, esperar o erro e vencer
no desespero rubro-negro. O empate lhe impossibilita essa estratégia. Empurrado
pela torcida, vai ter que atacar e correr riscos.
As vitórias do Chelsea sobre o Barcelona e do Bayern sobre o
Real Madrid, ambas obtidas em campos alheios, lotados, mostram que o mando não
é fundamental. O Atlético vai fazer gol no Couto Pereira, essa é uma certeza. É da natureza do time de Don Juan. Segurar o
Coritiba, evitar o gol verde nos dará o campeonato. Problema para Don Juan.
Quarta e domingo.
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