quinta-feira, 10 de maio de 2012

VAMOS PRÁ CIMA PAQUITADA!


Contra o Cruzeiro cheirando a mofo, a juventude do Atlético, a coragem produtiva do La Dinamita e a inteligência de Ligüera levaram o Atlético às quartas de final da Copa do Brasil. Uma partida para encher o atleticano de otimismo e colocar os coxas com as orelhas em pé.
O ponto alto do Atlético foi o equilíbrio entre defesa e ataque.

Desde o início com presença ofensiva, o Rubro-negro de três volantes manteve a Raposa com um olho no ataque, outro na defesa, sem poder se lançar sem reservas na busca de seu objetivo principal, os gols que reverteriam o resultado negativo colhido na Vila CAPanema.
Don Juan conseguiu com o seu trabalho fazer do Atlético uma equipe mais consciente, tranquila, em que a defesa consegue sair jogando, esquecido o rifar da bola, as cabeçadas defensivas sem direção, que tanto nos maltrataram ano passado e ainda no começo deste 2012.

Até o lançamento longo, a jogada vertical tão ao gosto de Don Juan, acontece com melhor qualidade, deixou de ser uma entrega voluntária da posse de bola ao adversário. Sem afobações, com o acerto de passes em crescente melhora, o time tem bom rendimento, cria reais chances de gol e tem recomposição defensiva em tempo de socorrer a primeira linha de defesa.
Ainda não é o sonho do atleticano, que gostaria de saber a escalação da sua equipe na ponta da língua. Creio que isso nunca vá acontecer. Quem sabe tenhamos que mudar de hábito. Mudanças são sempre positivas.

Para ser específico com relação ao jogo, Alan Bahia, para mim o suplente primeiro de Baier na frente da área, substituiu o amarelado Renan Teixeira e deu cadência ao setor. Errou alguns passes, mas foi eficiente na função. Impossível criticar Patrick pelo pênalti em Wellington Paulista. O juiz caiu na armadilha. Guerrón, Ligüera, Deivid e Manoel realizaram magnífica partida.
Só para não perder a mão, vou fazer uma crítica no sentido do crescimento da equipe. Bruno Costa tem que se conter na saída da área. Sai para caçar e normalmente erra o bote. Por vezes, Héracles está marcando o ponteiro e, ao invés de fazer a cobertura, Bruno ultrapassa o menino para marcar o já imobilizado. Um excesso.

O Cruzeiro joga com dois atacantes e isso obrigou Bruno a manter a posição, o que lhe dá melhor performance. Contra equipes como o Coritiba, que joga com um dos atacantes voltando muito, Bruno pode cair no engodo, sair da área e criar um buraco no meio da área. Atacante que volta passa a ser responsabilidade do volante.
Fora isso, gostei de tudo. O Atlético ganhou entrosamento, equilíbrio e intensidade no jogo ofensivo. É um time de respeito, com tantas novidades que dificultam o planejamento inicial do oponente. Vamos para a final com grandes chances de vitória no tempo normal.

Ousadia e permanência no ataque, segurança redobrada na defesa, equilíbrio tático e emocional, é isso que eu espero no domingo. Diferente de mim, despreocupada de tudo, coração em festa, a rubro-negra encantadora solta seu grito jovem e irreverente na rede social: “Vamos prá cima paquitada!”

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