Nada a ver com a
doidivanas que se joga para cortar o cruzamento feito uma siriema
destrambelhada, os braços ocupando todos os espaços para cortar a trajetória da
bola, correndo todos os riscos. Pênalti. Na dúvida bota a siriema no detector de mentiras e pergunta se ele teve
intenção ou não. Dá um choque nele. É o único jeito.
Outra solução será criar
a falta culposa. Acredita na intenção, crime doloso, pênalti. Inexiste a
certeza, crime culposo, ou falta culposa, falta indireta no local do crime. Vai
virar uma festa.
Mudando de assunto.
Acordo ainda meio zureta, ligo a televisão e assisto a cena africana. Busco o
número do canal e não estou na BBC, na CNN, canais onde as desgraças africanas
estão sempre presentes, estou no Bom Dia Brasil. Uns cinco rapazes estão
esgotando uma cobertura aparentemente de material plástico, que mais parece uma
piscina, a dezenas de metros de altura, sem qualquer segurança. A imagem abre e
o fato acontece no Maracanã inundado, aquele que tem dias para ficar pronto, um
provável mico histórico.
O Pai Nosso do
brasileiro deveria conter um adendo do tipo “cuidai dos incompetentes, daí a
eles sorte, e que suas incapacidades não nos causem nenhum mal”. Senhores, quem
deu ordem para aqueles rapazes arriscarem suas vidas. Senhores, a Nigéria é
aqui.
Mudando de assunto dois.
Algo que me impressiona é como moços e moças ocupam hoje os principais postos
da administração do país. Sou do tempo em que o chefe era um homem de cabelos
brancos, tinha história, era o único a ter carro do ano. Os concursos guindaram
jovens para os principais cargos, eles prendem e arrebentam, comandam, dão as
tintas em todas as áreas.
Olho para tudo isso com
certa desconfiança, acho que experiência conta, mas quando vejo o senhor Afonso
Vitor de Oliveira no comando da arbitragem paranaense, há anos conduzindo o
setor com rara e comprovada inabilidade, sonho com um jovem saindo da
adolescência para destronar esse caso geriátrico que envergonha todos aqueles
com direito a cartão de idoso.
Senhores, cansei desse
senhor. Bota um moço aí.
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