Mesmo sem ouvir, tenho
certeza de que alguém falou na diferença entre treinar e jogar e sua influência
no resultado. Tenho certeza que essa é desculpa na ponta da língua do treinador,
do jogador, do massagista, do roupeiro. Nas entrelinhas fica claro, a culpa é
da diretoria.
O 3 a 1 é uma baita
freada de arrumação no projeto atleticano, um absurdo choque de realidade,
todas as piores imagens voltam ao pensamento do torcedor, um início difícil na
Copa do Brasil, uma eliminação prematura, um Brasileiro namorando a volta à
segunda divisão.
Estou sendo pessimista
ao extremo, deduzindo o colapso da casa ainda nos seus alicerces? É possível,
certamente reflexo do meu cansaço com as durezas enfrentadas nos últimos anos.
Cansei.
Cansei como cansou o
Grêmio após perder para o Huachipato, para o Caracas, e resolver jogar as
partidas do Gauchão em Porto Alegre com o time principal, deixando para os
aspirantes as partidas no interior. Percebeu que treinar é bom, mas jogar é
essencial, e a forma mais simples e barata de jogar é participar minimamente do
Estadual, não para vencer o campeonato, simplesmente para dar o entrosamento e
o ritmo de jogo a um time com tantos desafios pela frente.
Não espero que uma
simples resolução como essa seja tomada pela direção atleticana. Essa fumaça
branca não vai sair de alguma chaminé do CT do Caju.
Há anos o Atlético é
navio que se dirige para o iceberg, buzina para o bloco de gelo se afastar, dá
com tudo no mudinho e só então procura mudar o curso desastroso.
O importante é que o resultado
contamine somente o meu espírito cansado, não se espraie pelo povo rubro-negro,
que a torcida não leve para o Janguito seus temores, não prejudique os meninos
que hoje enfrentam o Nacional.
Vamos meninos, façam um
grande jogo, joguem como verdadeiros rubro-negros. Tem dias que só uma boa
vitória pode levantar um espírito cansado.
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