segunda-feira, 25 de março de 2013

DO PRESIDENTE AO PORTEIRO

O Atlético dos meninos é a antítese de um Furacão que quase me deixou louco e nos levou à segunda divisão. Se aquele tomava gols e perdia pontos imperdíveis nos últimos minutos, este ganha dos 85 para frente. Os dois são mata-torcedor, o dos meninos pelo menos trás três pontos na carteira. Muito melhor.

O Atlético que ganha é difícil entender, impossível acertar no diagnóstico, faltam dados, conhecimentos, verdades, pode-se apenas analisar e deduzir, criar hipóteses, correndo riscos dos erros mais grosseiros, até de se cometer o erro dos outros, por ver-se o jogo pelos olhos dos outros.

Tenho cá minhas teorias. Penso que a inexperiência da equipe leva o treinador a jogar defensivamente, utilizar jogadores em início de partida com maior poder de marcação, evitando levar o gol que desequilibre o psicológico dos jogadores e a partida acabe prematuramente, levar o jogo para o caos verificado contra o Toledo. Do time que entra em campo, só Crislan parece estar desobrigado de marcar, ainda assim, nas paradas defensivas está presente na área.

Seguro o resultado inicial, sofrendo com o placar mínimo a favor do adversário, o treinador começa a colocar em campo jogadores de melhor qualidade em busca da vitória. Entram Marcos Guilherme, Harrison e Edigar Junio para atacar, para o tudo ou nada, vai para calça de veludo ou pandeiro de fora.

O primeiro tempo marcador da minha hipótese terminou com o gol do Cianorte aos 44 em jogada pelo setor esquerdo rubro-negro. Quem marcava o responsável pelo cruzamento? Douglas Coutinho. Só falta o Petraglia entrar para auxiliar na marcação. Vamos para o segundo tempo vencedor.

Aos 8, Pelissari perde dividida, o Cianorte quase marca, aos 10 é substituído por Marcos Guilherme. Aos 17, Douglas Coutinho recebe assistência de Guilherme e empata. Aos 27 entra Harrison no lugar de Héracles. A partir dos 30, o Cianorte perde gols em sequência, Santos faz milagres, quase ficamos com o pandeiro de fora. Aos 37, Edigar Junio entra no lugar de Crislan. Aos 42, Harrison passa a Guilherme, daí a Edigar e o gol salvador. Calça de veludo. Como queríamos demonstrar.

Neste Atlético vira-vira, a peça chave parece ser Marcos Guilherme, ao lado de Douglas Coutinho, agora um dos artilheiros do Estadual, não o é solitariamente só porque seu chute nos últimos minutos explodiu na trave. O guri é capeta.

Como diria o personagem do gênio Chico Anísio: “Caaaalaaado!”. Estou dizendo bobagem. Deus esteve nas respostas de todos os jogadores rubro-negros ao final do jogo, até o treinador entrou em ritmo de Francisco.  Reformulando, o guri é um anjo.

O amigo vai me perguntar se este Atlético de braços dados com o Divino pode ser campeão do turno. Claro que pode, basta acreditar, lutar pelo título, só que tem que ser do presidente ao porteiro.

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário