O Atlético que ganha é difícil entender, impossível acertar no
diagnóstico, faltam dados, conhecimentos, verdades, pode-se apenas analisar e
deduzir, criar hipóteses, correndo riscos dos erros mais grosseiros, até de se
cometer o erro dos outros, por ver-se o jogo pelos olhos dos outros.
Tenho cá minhas teorias. Penso que a inexperiência da equipe leva o
treinador a jogar defensivamente, utilizar jogadores em início de partida com
maior poder de marcação, evitando levar o gol que desequilibre o psicológico dos
jogadores e a partida acabe prematuramente, levar o jogo para o caos verificado
contra o Toledo. Do time que entra em campo, só Crislan parece estar
desobrigado de marcar, ainda assim, nas paradas defensivas está presente na
área.
Seguro o resultado inicial, sofrendo com o placar mínimo a favor do
adversário, o treinador começa a colocar em campo jogadores de melhor qualidade
em busca da vitória. Entram Marcos Guilherme, Harrison e Edigar Junio para
atacar, para o tudo ou nada, vai para calça de veludo ou pandeiro de fora.
O primeiro tempo marcador da minha hipótese terminou com o gol do
Cianorte aos 44 em jogada pelo setor esquerdo rubro-negro. Quem marcava o
responsável pelo cruzamento? Douglas Coutinho. Só falta o Petraglia entrar para
auxiliar na marcação. Vamos para o segundo tempo vencedor.
Aos 8, Pelissari perde dividida, o Cianorte quase marca, aos 10 é
substituído por Marcos Guilherme. Aos 17, Douglas Coutinho recebe assistência
de Guilherme e empata. Aos 27 entra Harrison no lugar de Héracles. A partir dos
30, o Cianorte perde gols em sequência, Santos faz milagres, quase ficamos com
o pandeiro de fora. Aos 37, Edigar Junio entra no lugar de Crislan. Aos 42,
Harrison passa a Guilherme, daí a Edigar e o gol salvador. Calça de veludo. Como
queríamos demonstrar.
Neste Atlético vira-vira, a peça chave parece ser Marcos Guilherme, ao
lado de Douglas Coutinho, agora um dos artilheiros do Estadual, não o é
solitariamente só porque seu chute nos últimos minutos explodiu na trave. O guri
é capeta.
Como diria o personagem do gênio Chico Anísio: “Caaaalaaado!”. Estou
dizendo bobagem. Deus esteve nas respostas de todos os jogadores rubro-negros
ao final do jogo, até o treinador entrou em ritmo de Francisco. Reformulando, o guri é um anjo.
O amigo vai me perguntar se este Atlético de braços dados com o Divino
pode ser campeão do turno. Claro que pode, basta acreditar, lutar pelo título,
só que tem que ser do presidente ao porteiro.
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