Era 6 de abril de 1924, o Athlético fundado em 26 de março entrava em
campo pela primeira vez. Entrava para ganhar, 4 a 2 sobre o Universal. A
locução imaginada aconteceu 89 anos atrás. Curitiba tinha 85 mil habitantes, bares
e confeitarias eram os pontos de encontro da sociedade, a Farmácia Minerva
cuidava da saúde dos curitibanos, o edifício Moreira Garcez, XV com
Voluntários, era o primeiro arranha-céu da capital paranaense.
A primeira foto do novo time mostra a equipe ainda com a camisa do
Internacional, as rubro-negras não ficaram prontas a tempo, os jogadores
ladeados por torcedores em terno e gravata, cabeças cobertas pelo tradicional
chapéu palheta.
Uma simples fusão deu origem ao clube que hoje é paixão da maioria dos
curitibanos e paranaenses. Uma simples fusão deu origem ao clube que hoje
ostenta patrimônio valioso, está incluso na primeira divisão do campeonato
nacional, foi o primeiro campeão brasileiro do século 21, já disputou final de
Libertadores e trabalha duro para colocar o magnífico Joaquim Américo pronto
para os jogos do Mundial de 2014, um orgulho para todo brasileiro.
A evolução foi brutal, a caminhada ao longo dos anos árdua, sofrida,
plena de momentos da maior dificuldade, o que valoriza ao extremo o intrépido caminhante.
A Bandeira tremulou altaneira, periclitou, foi salva, restou orgulhosa,
levada por milhões de atleticanos que durante anos de história a carregaram
sobre os ombros cansados, a umedeceram com lágrimas de tristeza e glória,
levam-na zelosos, dobradinha com cuidado na caixinha do coração.
O Hino é canção patriótica, difícil cantá-lo sem que a emoção tome
conta, obrigue a silêncios embargados, chegar ao fim sem que lágrima escorra
silenciosa pelo rosto idoso, pelas faces jovens dos herdeiros desta herança
bendita.
Uma simples fusão deu origem a esse fenômeno que aglutina milhões de
torcedores, espalhados por todos os quadrantes deste mundo de Deus. Fusão
lembra união. Abençoada união, necessária união em dias de tantos inimigos.
Que nós atleticanos possamos nos abraçar afastando todas as diferenças,
abraçar o abraço de desconhecidos em festa a comemorar os gols salvadores de
Marreco, de Cireno, de Jackson, de Sicupira, de Oséias, de Alex Mineiro, de
Kléber, de Washington, do velho Baier, do menino Douglas Coutinho.
Bom-dia meu amado Atlético. Feliz aniversário meu Furacão.
(Dados históricos obtidos no livro “CAP – Uma Paixão Eterna” de
Heriberto Ivan Machado, Valério Hoerner Júnior e José Paulo Fagnani)
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