Don Miguel chegou ontem,
teve pouco tempo para conhecer os jogadores, implantar sua filosofia de jogo,
quem sabe a dimensão da influência de Antônio Lopes no seu dia a dia. Pode ser
nenhuma, pode ser imensa. Quem sabe? Se não sabemos, como avaliar?
O time de 2013 perdeu
jogadores importantes. Luiz Alberto segurava o posicionamento da defesa,
perdida em Lima, Baier fazia a ligação com o ataque, até agora uma dúvida,
Everton uma formiga tática mais rápida e incisiva que Zezinho. Ninguém pode
negar a importância de cada um no ano de sucesso.
Porém, nada a lamentar com
suas saídas, chega de chororô, vamos colocar os meninos para jogar. Don Miguel
o fez, vários estiverem em campo, outros presentes no banco. No lance do
segundo final, Nathan e Mosquito foram fundamentais. Crédito para Don Miguel.
Fato é que o Furacão
ainda não apresentou um esquema de jogo definido que se possa dizer leve a
assinatura do treinador. No jogo em Lima, um Frankenstein carregado de velhos
defeitos, difícil acreditar que perdeu só de dois a um. Em Curitiba, a defesa
mais acertada, um meio incapaz de levar a bola ao ataque, daí a volta da
ligação direta, retorno a momento ruim da fase Mancini.
O amigo pode não
acreditar, mas no primeiro jogo, pensei ver um Atlético trocando bem passes,
identifiquei na melhora a participação de Don Miguel. Na primeira fase do jogo
histórico, o time optou pelo lance longo, um retrocesso. Na fase derradeira,
mais transpiração do que organização. Era o que dava para fazer, tinha que ser
feito, deu certo, nada que possa glorificar o treinador.
Depois desses dois
jogos, Don Miguel já conhece jogadores, já os viu combater o pior dos combates,
reagir às piores situações. Sabe tudo de Furacão. Agora quero ver time com sua
assinatura, simples na escalação, seguro na defesa, envolvente na troca de
passes, mortal na finalização. Quero muito do espanhol? Nada, dei-lhe todas as
chances, sou um homem bom, paciente, dou a ele uma semana para assinar o time.
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